FÉRIAS EM CASA!

FÉRIAS EM CASA!

Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias da brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis na realidade. ” Lev Vygotsky

Muitos pais começam a entrar em pânico com a aproximação das férias escolares. O que fazer com as crianças? Para onde ir? Será que o dinheiro vai dar?

Se esse era o pensamento de muitas famílias em épocas normais, imagine a situação durante a quarentena “obrigatória” pela qual o planeta atravessa! Com o agravante de os pais também ficarem em casa e… trabalhando!

Calma! Depois de quase dois anos, já estamos nos acostumando e encontrando alternativas que atendem tanto aos pais como às crianças. Somos capazes de buscar um momento de lazer sem sair de casa ou ficar grudado na TV, principalmente no período das férias escolares, após as aulas virtuais ou presenciais.

Então, vejamos: já pensou em como estar “presente” com os filhos? Brincar com eles pode ser divertido e de muito aprendizado para todos. Aprendemos a nos conhecer melhor. Sabe como treinamos esse aprendizado? Passamos a desenvolver a observação dos comportamentos e sentimentos. A nossa e a das crianças: sabemos perder sem sair do jogo bufando e batendo os pés? Sabemos ganhar sem ficar debochando do “perdedor” por horas a fio? Sempre queremos ter razão? Se não for do meu jeito, não brinco mais!

É… tudo tem seu lado positivo. A “reclusão” da pandemia e as muitas brincadeiras que tivemos que criar serviram para nosso autoconhecimento como pais e nos aproximaram mais das crianças, tanto física como emocionalmente.

Dentre as muitas atividades, foi muito bom montar aquele quebra-cabeça de 1000 peças com a ajuda deles; assistir àquele seriado que eles tanto falam, que já está na 5ª temporada, e sempre nos desculpávamos dizendo que não havia tempo… Foi bom e estimulante ouvir as músicas que eles ouvem e apresentar a eles aqueles grupos de rock da década de 80/90 que curtíamos tempos atrás. Olhar aquele álbum antigo de fotografias (claro, aquelas que criamos coragem de selecionar e não estão ainda no celular ou arquivo do computador)! Reconhecer que a “Santa” internet não permitiu o afastamento dos amigos, os nossos e os das crianças, e até permitiu a comemoração de aniversários via “google meet”. Conversar, jogar conversa fora… Mesmo que seja por 10 ou 15 minutos. Momentos que se tornaram valiosos para estreitar o relacionamento entre pais e filhos. Aprendemos a conquistar pequenas ilhas de lazer durante nosso dia-a-dia e não somente nas desejadas férias. Como disse certa vez Carlos Drummond de Andrade: “ Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo”.

Já que ainda não podemos vencer o inimigo (a pandemia), que nos unamos a ele, quer dizer, aproveitemos as consequências úteis que ele nos traz.

Sandra Regina Pizarro

CE Vinha de Luz – Regional SP Centro

Equipe de Apoio à Evangelização Infantil

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