Fraternidade do Natal

Neste dia, excepcionalmente, publicamos novo texto literário. Desejamos um Feliz Natal a todos os leitores, com a doce presença de Jesus em nossa vida!

Fraternidade do Natal

Quanto chove num dia?

E num dia de natal, quanto pode chover?

Era vinte e quatro de dezembro e chovia há vários dias.

Alfredo já estava entediado por ficar confinado dentro de casa. Planejava sair e encontrar os amigos. Mostrar seus presentes…

Mas também, esse ano estava fraco de presentes. Seus pais estavam com pouco dinheiro. No fundo, ele sentia que não era só isso que importava. Alfredo gostava mesmo era do clima. Por essa época as pessoas ficavam mais amáveis. E os adultos até deixavam passar alguma falha das crianças.

Ao som da forte chuva, o menino ajeitava o presépio improvisado, com pedrinhas no lugar das figuras de pessoas e animais. A árvore não era um pinheiro, mas uma planta num vaso, escolhida no quintal.

De repente, a campainha tocou. Teresa e Júlio, seus primos, entraram correndo, meio molhados da chuva. Traziam brinquedos simples, que compartilharam, alegres.

Enquanto brincavam, explorando as novidades, o céu se abriu e as estrelas surgiram brilhantes. Até lhe pareceu ouvir um sabiá que cantava na tranquilidade da noite. Era como se o menino Jesus estivesse nascendo na Terra novamente. Como de fato acontece todos os anos, para nos lembrarmos da fraternidade que nos cabe cultivar.

Acho que eu vi uma luzinha se acendendo no bercinho sob a árvore.

Quantas lembranças da infância nos trazem esses momentos…

 

Marcelino T. Vargas

Equipe de apoio à Evangelização Infantil

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