O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações.

Podemos defini-lo assim:

O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.

KARDEC, Allan – “O que é o Espiritismo”

Compreendemos que a Doutrina Espírita é constituída de três pilares, que são a ciência, a filosofia e a religião, e acreditamos que sua finalidade é a redenção do homem pela prática dos ensinamentos do Cristo, conforme nos apontam e nos explicam os espíritos encarregados por nos trazer a Terceira Revelação.

COMO SURGIU O ESPIRITISMO

Em meados do século XIX, surgiram os primeiros relatos sobre a família Fox, residentes da antiga cidade de Hydesville (EUA), em que afirmavam que as garotas Kate e Margareth, filhas do casal Fox, mantinham comunicação com um espírito. A partir de então eclodiram em larga escala comunicações entre os dois planos (físico e espiritual) em vários pontos do globo, sendo que na França tornou-se motivo de curiosidade em toda sociedade o fenômeno chamado de “mesas girantes” – movimentos de objetos sem interferência humana ou mecanismo – vindo a atrair a atenção de cientistas e estudiosos que se colocaram a  pesquisar o assunto.

Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804 – 1869), pesquisador com sólidos conhecimentos em química, física, anatomia, entre outras ciências e formado em pedagogia pelo Instituto Yverdon (Presidido por Jean-Henri Pestalozzi) inicia com muita dedicação, um profundo estudo sobre o assunto, determinado a compreender o fenômeno e seu funcionamento. Após participar de diversas sessões de mesas girantes, em diferentes locais e com a presença de diferentes médiuns, Denizard comprovou que os fenômenos eram dirigidos por inteligências extracorpóreas que vieram a se apresentar como espíritos. Através destes espíritos as técnicas de comunicação também foram sendo aperfeiçoadas. Convencido da nova realidade com a qual tomava contato e informado pelos espíritos de seu papel naquele momento histórico, Denizard passou a utilizar o pseudônimo de Allan Kardec, iniciando sua jornada como Codificador da Doutrina Espírita. Importante frisar que Allan Kardec NÃO é o criador da Doutrina, ela é criação de um conjunto de espíritos superiores, Presidido pela entidade que se apresenta como Espírito da Verdade.

 Sob a direção dos espíritos, Allan Kardec publica cinco obras importantíssimas, que juntas, são conhecidas como “Codificação Espírita” ou “pentateuco”:

  • “O Livro dos Espíritos”(1857); 
  • “O Livro dos Médiuns”(1859);
  • “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1863);
  • “O Céu e o Inferno” (1865);
  • “A Gênese” (1868).

Ao longo do século XX, o Espiritismo difundiu-se largamente no Brasil e hoje ele é considerado a maior nação espírita do mundo contando com a contribuição de inúmeras personalidades tanto no plano físico como  no espiritual, que colaboraram na divulgação da Doutrina e exemplificaram a prática dos ensinamentos de Jesus.

Um dos principais nomes da divulgação da doutrina no Brasil e no mundo foi o médium mineiro Francisco Cândido Xavier (1910 – 2002), carinhosamente chamado por todos de Chico Xavier, que além do seu intenso trabalho de caridade e amor, psicografou 412 livros!

Ficou curioso sobre as obras de Allan Kardec e Chico Xavier?

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