Todo dirigente de EAE precisa ser um facilitador de aulas?

O dirigente de EAE que se vê como um aplicador do programa tem uma função importante que é a de garantir que as normas sejam seguidas, que haja conformidade e que os processos sejam mantidos dentro de limites estabelecidos. É um papel focado no controle e na manutenção.
Já um facilitador de caminhos tem uma perspectiva mais ampla e estratégica. Pense nele como alguém que identifica e remove obstáculos, em vez de apenas dizer o que pode e precisa ser feito, o facilitador busca entender por que algo está travando e, proativamente, trabalha para eliminar essas barreiras.
Não se trata de dar as respostas prontas, mas de guiar as pessoas para que elas mesmas encontrem suas soluções. O facilitador desenvolve a autonomia e a capacidade de resolução de problemas. Ele também percebe quando alguém precisa de ajuda e sabe quem ou o que pode oferecer essa ajuda. É um elo que otimiza a colaboração e o uso de recursos disponíveis.
Ao invés de apenas seguir o programa, o facilitador encoraja a experimentação, a busca por novas abordagens e a otimização dos processos existentes. Ele vê o erro como uma oportunidade de aprendizado. A rigidez na aplicação de regras pode sufocar a criatividade, desmotivar as pessoas e impedir o progresso. Um facilitador, por outro lado, impulsiona o crescimento e a eficiência ao focar nas pessoas e nas interconexões, e não apenas nos procedimentos.
Em resumo, enquanto o aplicador de regras garante que o aprendiz siga a estrada, o facilitador de caminhos ajuda a construir pontes, a traçar novas rotas e a garantir que o aprendiz chegue ao seu destino da melhor forma possível, mesmo diante de imprevistos.
Pode ser vantajoso para um dirigente dar aulas em uma turma que não é a sua, embora também apresente desafios, as vantagens e desvantagens dependem muito do contexto, da flexibilidade do dirigente e das necessidades da turma.
Lidar com diferentes perfis de alunos e dinâmicas de turma enriquece o repertório pedagógico do dirigente. Isso pode levá-lo a explorar novas metodologias, estratégias e abordagens para lidar com desafios diversos. A adaptação a novas turmas exige flexibilidade, criatividade e capacidade de diagnóstico rápido.


Ao circular por diferentes turmas, o dirigente ganha uma perspectiva mais ampla sobre o processo como um todo, identificando lacunas ou pontos fortes em diferentes níveis. Muitas vezes, facilitar em uma turma diferente implica em interagir e promover a troca de experiências e a construção de um conhecimento coletivo.
Construir um vínculo de confiança e respeito com uma nova turma é fundamental para o processo do dirigente com a sua própria turma. Em geral, um dirigente experiente e flexível pode tirar muito proveito de facilitar em turmas variadas, transformando os desafios em oportunidades de crescimento.
A orientação de Edgard Armond, expressa no Guia do Discípulo e no Guia do Aprendiz, enfatiza a importância de o dirigente estar plenamente capacitado para facilitar todas as 118 aulas da EAE.
Diante disso, o bom senso faz com que cheguemos à conclusão que exercer a função de facilitador nas aulas de turmas diversas não é uma obrigação, mas sim, uma necessidade que o dirigente tem diante da possibilidade de apresentar aulas na sua própria turma.
Bom trabalho a todos!

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