Uma das partes mais bonitas do livro Curso de Preparação para Evangelizador da Infância1 é o Estatuto do Evangelizador. Com vinte itens, ele encerra o capítulo 5 – Didática, pedagogia e manejo de classe. Este capítulo, junto a outros, reforça o caráter educativo da atividade de evangelizar e aponta para a necessidade do evangelizador estudar continuamente as áreas do conhecimento que envolvem a tarefa de ensinar e aprender.
Sendo assim, podemos ler, no item 5 do Estatuto:
5) Desenvolver e aprimorar a didática nas aulas. Sejamos autênticos sem desprezar o estudo que nos aprimora, e sem esquecer a ética e a caridade que ensina a nos vigiarmos.2
Sejamos autênticos sem desprezar o estudo que nos aprimora… O estudo, em primeiro lugar, nos aprimora, ou seja, é importante para nós. Nos torna pessoas mais preparadas, com maior bagagem de recursos e, consequentemente, alcança as crianças, que passam a aprender com prazer, pois a didática as alcança.
Ainda, no item 11:
11) Dentro da filosofia da nova postura de expositores, o evangelizador é um candidato em potencial para exercitar o diálogo e a conversa, sendo apenas o orientador, o facilitador das aulas.3
Como exercitar o diálogo e ser o facilitador das aulas? Para isso é preciso conhecer as crianças, estudar as características das diversas idades, preparar aulas interessantes que vão muito além da mera exposição de conteúdos.
E o que dizer do item 14?
14) Estimular a criança à pesquisa para desenvolver o espírito de análise, predispondo-a a novas descobertas, para que ela se torne agente da sua própria educação, valorizando-lhe os aspectos positivos e encorajando-a a assumir pequenas responsabilidades e desenvolvê-las bem.4
De que maneira podemos estimular a criança à pesquisa? Será que nossas aulas estão despertando a curiosidade? O desejo de saber, de compreender, de buscar?
O item 16 dispensa comentários e oferece uma orientação:
16) Oferecer experiências ricas, variadas e interessantes, procurando conseguir a participação ativa das crianças, tentando obter o máximo delas, de maneira agradável e dentro das suas características de idade e interesse.5
Fechando o Estatuto, uma síntese:
20) Do preparo da aula, mas acima de tudo, da conscientização do nosso papel de evangelizador é que dependerá a transformação do Espírito infantil no homem novo e feliz de amanhã, sabedor que o Evangelho de Jesus não faz distinção de pessoas, que é alegria, redenção e consolação.6
A conscientização do nosso papel de evangelizador nos levará a entender que o estudo é imprescindível, é uma benção, uma oportunidade. Estudar sozinho pode ser bom, mas estudar em grupo é fantástico. A troca de ideias, de experiências, a compreensão ampliada dos conteúdos e, de repente, estamos dominando aquilo que era desconhecido e até parecia difícil.
Em sua casa espírita, ou regional, há grupos de estudo para evangelizadores? Você participa? Deixe seus comentários e experiências.