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Ambiente Místico
Os textos religiosos e doutrinários, esotéricos ou não, têm sempre sentido místico e, para muitos, isto é fator depreciativo.
Os textos das doutrinas orientais são marcadamente místicos e simbólicos. Veja-se, por exemplo, os livros A Voz do Silencio, de H. P. Blavatsky e Luz no Caminho, de Mabel Collins, que são exemplos clássicos e expressivos do que afirmamos.
Duas são as razões principais desse feitio literário:
1 – A aura dos grandes seres cobre vastas dimensões da criação universal e a Deus – o Criador eterno – cobre a criação toda; e o estado místico favorece a integração dos seres nessas auras, mais ou menos superficial ou profundamente, segundo o grau de sua própria condição evolutiva.
2 – O estado místico é uma força íntima que ajuda o crente a sustentar-se na luta; exerce forte atração mental e sensibiliza o Espírito do iniciante, despertando–lhe impulsos benéficos de espiritualização.
Os textos místicos prendem o leitor e quantas vezes o encaminham realmente para esforços mais amplos e tentativas mais sérias de redenção própria?
Não há, pois, razão para se condenar o misticismo, salvo, é óbvio, quando ultrapassa os limites do equilíbrio que deve ser mantido; da razão que deve ser conservada íntegra e de um mínimo indispensável de bom senso.
Assim fala o Espiritismo, que é doutrina racional e ao mesmo tempo, religião de fatos e realizações espirituais objetivas.