novo trevo

Nunca foi tão oportuno entendermos que a exportação de luz não é uma simples e corriqueira tarefa que cabe a alguns discípulos devotados ou mesmo a uma equipe de abnegados. É um trabalho confiado a toda rede da Aliança

O TREVO

Fraternidade dos Discípulos de Jesus
Difusão do Espiritismo Religioso

Aliança Espírita Evangélica
Julho/Agosto 2023 – nº 521

BRASIL,
EXPORTADOR DE LUZ

25 curiosidades sobre
as atividades da
Aliança no exterior

-Pagina 08

Cosmos: lições de
astronomia, evolução e
espiritismo

-Pagina 11

Alerta aos pais:
‘minha família só fica no
celular’

-Pagina 13

Pagina 01

Sumário

03
04
05
06
07
08
09
11
13
14
16
17
19

Conselho Editorial
Editorial
Capa
Capa
Capa
Capa
Capa
Mídia
Evangelização Infantil
Histórias Inspiradoras
EAE
Notas
Página dos Aprendizes

Apresentando a edição
A vida é mudança!
Brasil, é hora de exportar sua luz
O Discípulo de Jesus é um eterno migrante?
Migração de ideias: da oralidade à escrita
25 curiosidades sobre as atividades da Aliança no exterior
Relatos de Cuba, Canadá e República Dominicana
Cosmos: lições de astronomia, evolução e espiritismo
Um alerta aos pais
Entrevista Nobuko Miyashiro
O minimamente necessário para ser dirigente de EAE

|

02

|

MISSÃO DA ALIANÇA

Efetivar o ideal de Vivência do Espiritismo Religioso por meio de
programas de trabalho, estudo e fraternidade para o Bem da Humanidade.

alianca.org.br
[email protected]
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O TREVO

Julho/Agosto de 2023 – Ano L • Aliança Espírita Evangélica – Órgão de Divulgação da Fraternidade
dos Discípulos de Jesus – Difusão do Espiritismo Religioso • Diretor-geral da Aliança: Luiz Carlos
Amaro • Jornalista responsável: Barbara Blás e Marina Gazzoni • Projeto Gráfi co – Editoração:
Equipe Editorial Aliança • Conselho editorial: César Augusto Milani Castro, Cida Vasconcelos, Denis Orth,
Eduardo Miyashiro, Elizabeth Bastos, Fernanda N. Saraiva, Julio Cesar Silva Gama, Maria José Ribeiro,
Mauro Iwanow Cianciarullo, Rejane Petrokas e Renata Pires. • Colaboraram nesta edição: Dagmar
Theodoro Cruz, Izabela Bonani, Marcelo de Andrade, Maria Filomena C. Lopes, Milton Antunes Martins,
Miriam Gomes, Sandra Felipe Penteado Bartolomeu, Silvia Maria dos Santos Amâncio Ribeiro e Ulisses
Nascimento • Capa: iStock • Redação: Rua Humaitá, 569 – Bela Vista – São Paulo/SP – CEP: 01321-010 –
Telefone (11) 3105-5894 • Informações para Curso Básico de Espiritismo e Projeto Paulo de Tarso:
3105-5894 (WhatsApp) • CVV 188.

Pagina 02

Apresentando a edição

A migração de povos
faz parte da História
humana desde
o início da civilização. Na
Idade da Pedra, os homens
migravam para sobreviver, em
busca de alimentos e melhores
condições climáticas. Na
História recente, as migrações
continuam: muitos partiram
para novas terras em busca de
oportunidades profi ssionais,
novas experiências e até
mesmo fugindo de guerras
e perseguições políticas e
religiosas. E, junto com as
pessoas, migram as ideias.
Muitos brasileiros partiram
rumo ao exterior e levaram o
Espiritismo para novas nações.
Lá fora, a nossa religião é
menos conhecida. Afi nal, o
Brasil é o Coração do Mundo,
a Pátria do Evangelho. Cabe,
portanto, a nós, brasileiros, a
missão de “exportar” a luz do
Espiritismo.
A edição de Julho-Agosto
de 2023 de O Trevo tem como
tema central o desafi o de
levar o Espiritismo para novas
nações. As reportagens de
Capa foram elaboradas em
parceria com a Equipe de
Apoio ao Exterior da Aliança.

O primeiro texto aborda a
importância de o movimento
espírita no Brasil desenvolver
esforços para a exportação do
Evangelho. Na sequência, O
Trevo traz uma refl exão sobre a
importância das traduções de
livros espíritas e a necessidade
de mudanças internas nos
Discípulo de Jesus.
Reunimos ainda 25
curiosidades sobre as
atividades da Aliança no
exterior. A maioria das
informações foram retiradas
de edições antigas de O
Trevo. Trazemos também
uma sequência de relatos da

criação de grupos espíritas
em Cuba, na República
Dominicana e no Canadá, e
fechamos com uma refl exão
de como podemos nos
organizar para ampliar a
expansão internacional do
Espiritismo.
Olhando também para
aqueles que vieram de longe
para o Brasil, publicamos
uma entrevista com Nobuko

Miyashiro, que conta a
experiência de uma família
de imigrantes japoneses que
conheceu o Espiritismo no Brasil.
Além disso, O Trevo traz uma
resenha do livro Cosmos, de
Carl Sagan, um visionário que
popularizou a astronomia e a
astrofísica no mundo. Fizemos

um paralelo entre conceitos
laicos científi cos de evolução
do planeta com o espiritismo.
Vale muito a leitura!
Esta edição contém ainda
um alerta aos pais sobre o
excesso de uso de celular
e a necessidade de dar
atenção às crianças e um
esclarecimento sobre os
critérios mínimos para um
voluntário ser dirigente de
uma Escola de Aprendizes do
Evangelho.
E, por fi m, uma novidade:
a partir desta edição abrimos
espaço para a publicação de
charges e poesias em O Trevo.
Boa leitura!
Equipe O Trevo

Pagina 02

A vida é mudança!

Oano de 1962 mal
começava e eu
cheguei neste
planeta, mudei para o
mundo físico. Uma alegria
enorme na chegada
e desafios gigantes a
vencer, um deles era as
muitas mudanças que
minha família fez nas
primeiras décadas dessa
minha vida.
Nasci em uma fazenda
a oeste do Paraná, e
já no meu primeiro
ano de vida migramos
compulsoriamente para
o norte desse mesmo
estado. Passados dois ou
três anos lá, e novamente
fomos forçados a mudar
para outras regiões do
estado. A minha vinda
para o estado de São
Paulo foi a minha última
mudança de região.
Aprendi que a vida
é mudança e que

não devemos temer
pois sempre teremos
aprendizado.
Minha busca atual é
saber de onde vim e, mais
importante, o que de mais
importante eu devo fazer.
Não tem sido fácil
compreender que essa é
minha grande missão e
fazer essa longa viagem
para o interior de minha
consciência.
Tenho viajado por
mundos internos. Já vivi
num mundo competitivo,
em outro de ameaças, em
um mundo de combates,
em outro mundo de
mentiras e no mundo de
ilusões. Fui para o mundo
da culpa, e para o mundo
da desculpa, e estou
chegando ao mundo da
compreensão. Espero que
nele eu fique um bom
tempo, pois me parece
um mundo bastante

equilibrado.
Para viver no mundo
de compreensão é preciso
ter uma visão de mundo
abrangente, saber que
todos são migrantes como
eu, buscando um espaço,
ou vivendo em um mundo
interno condizente com
seu momento.
A vida é mudança,
caro leitor. É possível
que, ao final deste texto,
você já não se encontre
no mesmo mundo que
começou. Porém, é
importante lembrar que
estará no comando de
sua vida o tempo todo,
escolhendo os melhores
caminhos e vivendo cada
aprendizado, os mundos
são estágios, as escolhas
são nossas.


Luiz Amaro é diretorgeral
da Aliança

Pagina 04

Brasil, é hora de exportar sua luz

OBrasil tem se
destacado na
exportação de
produtos que dão à nossa
nação grande importância
no cenário mundial. Bilhões
e bilhões de dólares são
exportados em soja, minério
de ferro, óleo bruto de petróleo
e proteína animal.
Não há dúvida de que
a espiritualidade se alegra
e colabora com a evolução
industrial e comercial de nossa
nação. Mas, certamente, os
bons espíritos estão mais
interessados em espalhar
pelo mundo outro “produto”
abundante em solo brasileiro:
as luzes do evangelho.
Emmanuel deixa claro
no prefácio do livro Brasil,
Coração do mundo, Pátria
do evangelho a missão do
nosso país: “O Brasil não
está destinado a suprir as
necessidades materiais dos
povos mais pobres do planeta,
mas também a facultar ao
mundo inteiro uma expressão
consoladora de crença e fé
raciocinada e a ser o maior
celeiro de claridades espirituais
do orbe inteiro”.
O livro, ditado pelo espírito
Humberto de Campos a
Chico Xavier, explica por que
o Brasil foi escolhido para tal
missão e relata o trabalho
da espiritualidade para
permitir que o Espiritismo
encontrasse terreno fértil para
se desenvolver no nosso país.
Os fenômenos espíritas
iniciaram na América do
Norte, ganharam o interesse
do Velho Mundo e, seguindo
orientação de Cristo, o
governador espiritual do
planeta, chegaram ao Brasil.
A árvore do evangelho foi
transplantada para o solo
brasileiro. Grandes líderes

dela cuidaram, mudas foram
plantadas e espalhadas
pela nossa nação, deram
maravilhosos frutos que
foram colhidos e distribuídos.
Sementes foram preparadas
em nossos celeiros.
Mas não basta espalhar
nossas sementes apenas em
solo brasileiro. Assim como o
conhecimento tecnológico
deve se globalizar e levar o
progresso a diferentes nações, o
mesmo deve acontecer com o
conhecimento espiritual.

Nunca foi tão oportuno
entendermos que a
exportação de luz não é
uma simples e corriqueira
tarefa que cabe a alguns
discípulos devotados ou
mesmo a uma equipe de
abnegados. É um trabalho
confiado a toda rede da
Aliança


Nossos irmãos estrangeiros
também necessitam ter acesso
à Doutrina Espírita e aos
programas da Aliança Espírita
Evangélica.
A Terra deverá passar em
breve por uma transição
planetária, rumo a um mundo
de Regeneração. Não é um
processo isolado, limitado ao
solo brasileiro. O efeito é global,
atingindo também aqueles que
nunca ouviram falar do assunto.
Portanto, precisamos
exportar as luzes do evangelho
para todos os cantos do
planeta, lembrando que
amanhã nossas necessidades
reencarnatórias podem nos
levar a outras regiões, onde
poderemos colher o que hoje
estamos semeando.
Como levar o Espiritismo a
outras terras?

A própria experiência do
mundo material em abrir
fronteiras mostra alguns
caminhos. Para ampliar
nossos negócios, o país envia
verdadeiras caravanas com
representantes dos mais
diversos segmentos industriais
e comerciais. Escritórios e
agências comerciais são abertos
e contam com o total interesse e
apoio do governo e da iniciativa
privada.
Será que estamos agindo
na mesma proporção quanto
às caravanas de discípulos e
aberturas de centros espíritas
para que a luz da doutrina dos
espíritos, estrategicamente
instalada em terras brasileiras,
seja exportada a todas as
nações?
Penso que a Aliança Espírita
Evangélica através da Equipe
de Apoio ao Exterior, com
suas caravanas e por meio
do trabalho dos Médiuns
sem Fronteira (grupo que
dá apoio mediúnico às casas
espíritas no exterior) tem uma
grande tarefa a ser cumprida.
E estamos apenas no início,
pois há muito trabalho ainda a
realizar.
Nunca foi tão oportuno
entendermos que a exportação
de luz não é uma simples e
corriqueira tarefa que cabe a
alguns discípulos devotados
ou mesmo a uma equipe de
abnegados. É um trabalho
confiado a toda a Aliança, que
tem muito clara sua missão.
Chegou a hora de “fazer
juntos o que sozinho é
impossível ou, pelo menos,
muito difícil”.


Milton Antunes Martins é
voluntário da Equipe de Apoio
ao Exterior e da Casa Espírita
Aurora dos Aprendizes da
Regional Oeste – SP.

Pagina 05

O Discípulo de Jesus é um eterno
migrante?

E ntendemos
por migração o
deslocamento de
pessoas dentro de espaços
geográficos. Como nosso foco
é a evangelização do ser pela
reforma íntima, vamos refletir
também neste texto sobre as
micro migrações que cada um
faz dentro de si mesmo.
Os motivos para migrar são
os mais diversos. As pessoas se
movem por razões econômicas,
culturais, religiosas, políticas,
entre outras. Normalmente
estas migrações ocorrem
porque o ser busca alguma
forma de melhorar sua vida.
O espaço onde se
encontra não permite mais a
normalidade de sua existência.
Ou sua própria condição não
mais o satisfaz. Urge migrar!
Nas primeiras aulas
da Escola de Aprendizes
do Evangelho (EAE) e
no livro Os Exilados da
Capela, temos notícias de
migrações planetárias e da
movimentação das massas
sobreviventes dos grandes
afundamentos. Nessas
situações, o ser foi levado a
migrar não só de espaços
físicos como também e
principalmente sair de dentro
de si. Sua forma anterior

resultados e a mudança
era necessária. Eis o grande
desafio: migrar e mudar.
Observamos ao longo da
História várias migrações.
Muitas por uma espécie de
êxodo rural, onde se busca
melhores condições em uma
grande cidade. O contrário
também ocorre, quando há a
busca pela tranquilidade do
interior.

Para a necessária
reformulação dos nossos
hábitos, temos que sair de
dentro de nós


Temos as migrações diárias,
que pessoas se deslocam para
trabalhar e voltam no final do
dia. E, finalmente, podemos
falar daquelas que são
causadas por catástrofes ou
calamidades, onde o ser se vê
levado a deixar toda sua vida
para trás e buscar, mesmo que
sem querer, o novo.
Enfim, percebemos que
esse movimento de migração,
de busca do novo e de algo
melhor contribui para a
evolução da humanidade.
Ao passo que a acomodação
deixa o indivíduo estacionado.

Devemos ser eternos
migrantes para evoluir?
Sim, este é o grande
desafio. O Discípulo de Jesus
para mudar o mundo precisa
MIGRAR.
E isso pode acontecer no
seu deslocamento do dia a dia
ou mesmo em uma mudança
de país.
Ao se tornar um IMIGRANTE,
ele busca acolhimento em uma
nova terra onde contribuirá
com as luzes que adquiriu em
função da Escola.
Ele também se tornará
um EMIGRANTE, porque saiu
de sua terra natal e levará as
sementes do amor de Jesus
para semear onde estiver.
E nas migrações
pendulares, onde alguém
sai de manhã e volta ao final
do dia, deverá se tornar um
caravaneiro do bem, pois em
um mesmo dia se encontrará
com os mais diferentes tipos
de pessoas e as diversas
situações onde o serviço em
nome de Jesus se torna cada
vez mais claro.
Ouvimos muito e até
repetimos em nossas aulas,
palestras e comentários
evangélicos que a SEARA DE
JESUS É O MUNDO.

Como ter convicção e fazer
esta pregação se não ousamos
sair de dentro de nós?
Para a necessária
reformulação dos nossos
hábitos, temos que sair de
dentro de nós. E, muitas vezes,
isso significa ir ao encontro
da dor, participando de
caravanas de evangelização
e auxílio àqueles que, por
qualquer razão, não vêm ao
centro espírita.
Como seremos um
Discípulo de Jesus se não
formos solidários, caridosos e
amorosos e, principalmente,
se não ousarmos MIGRAR
para fora da estufa psíquica do
comodismo?
Milton Antunes Martins
é voluntário da Equipe
de Apoio ao Exterior e da
Casa Espírita Aurora dos
Aprendizes da Regional
Oeste – SP.

Pagina 06

Migração de ideias: da oralidade
à escrita

Os maiores líderes e mestres
da humanidade não
deixaram nada por escrito.
Sócrates, Buda, e principalmente,
Jesus marcaram sua vida pelo
planeta pelo exemplo e pelas
palavras que disseram. Foi
assim que impressionaram de
forma indelével seus seguidores
e discípulos.
Estes, visivelmente
impressionados pela
qualidade dos exemplos e pela
profundidade e amplitude dos
ensinos, teceram um verdadeiro
“tapete de ecos” que permitiram
que estes ensinos fossem
também gravados no espírito
de uma plateia ávida e carente.
A oralidade venceu o
tempo e as distâncias. Pautada
pela criatividade, emoção,
capacidade mnemônica e
potencial para representação,
suas lições foram levadas a
todos os cantos do globo.
Seja ao redor das fogueiras,
em palcos improvisados,
ambientes bucólicos ou hostis,
nas praças públicas, diante do
trono de um poderoso monarca
ou imperador, nos templos
religiosos, em cenários pagãos
e até mesmo embalados
pelas libações alcoólicas
nas tabernas, os mitos e as
verdades ganhavam cores de
sobrenatural ou de possibilidades
transformadoras.
Livros são vetores de
conhecimento
Os tempos avançaram,
mudaram seu entorno e as
pessoas. A escrita é inventada
e traz novas possibilidades de
levar a palavra além da oralidade.
Ganhamos alcance por meio de
registros históricos que superam
as limitações da memória.
A escrita permitiu ao ser
humano registrar fatos em livros
e repassar esse conhecimento
a futuras gerações, atuando
como importante vetor do
conhecimento. Os livros,
portanto, têm vital importância
no desenvolvimento das
sociedades e do crescimento
intelectual dos seres humanos.
Os livros têm até hoje papel
fundamental na propagação
do Espiritismo. Os fenômenos
espíritas espantaram o mundo
a partir do século XIX. Das
irmãs Fox, às mesas girantes
e dos “raps” às mensagens
psicografadas, estes fenômenos
de simples entretenimento
e curiosidades ficaram para
sempre estampados nas
maravilhosas obras básicas que

pela codificação de Kardec vêm
revivendo o Cristianismo.
Se não fosse a escrita, as
lembranças do mestre Jesus
falando aos seus discípulos às
margens do mar da Galileia
teriam se apagado com o tempo.
Os fenômenos espíritas não
teriam passado de diversão.
Não fosse o livro, a magistral
colaboração de Chico Xavier não
seria levado a efeito, e suas ações
talvez ficassem circunscritas às
lembranças de poucos que o
conheceram em Pedro Leopoldo.

O Espiritismo avança
para terras estrangeiras
e a primeira solicitação
que recebemos dos
abnegados brasileiros
que lá se instalam é a de
remessa de livros.

“O livro foi e continua sendo a
forma mais clara e objetiva para
disseminar as ideias espíritas”.
A frase do livro Espiritismo:
primeiros passos (editora Aliança),
usado como material didático do
Curso Básico de Espiritismo, deixa
clara a importância dos livros na
disseminação do Espiritismo.
As ideias de Kardec chegaram
primeiro nas sociedades
intelectuais do Brasil do século
XIX, especialmente entre aqueles
poucos que dominavam o idioma
francês. A tradução das obras de
Kardec e o lançamento de revistas
espíritas foi o passo seguinte.
A primeira edição do Livro
dos Espíritos traduzida para o
português foi publicada em 1875.
Ainda assim, esse
conhecimento se limitava
aos poucos que sabiam ler na
sociedade brasileira da época,
formada majoritariamente
por analfabetos. Mas, nos anos
seguintes, a educação básica

avançou na sociedade e o
analfabetismo diminuiu. Com
isso, houve uma popularização
dos livros de todos os tipos,
inclusive, os espíritas.
No século XX, o Brasil passou
a ser protagonista no movimento
literário espírita, com destaque
para a extensa obra deixada
por Chico Xavier. Só o médium
mineiro psicografou mais de 450
livros. Somando seu trabalho a de
outros colaboradores, a literatura
espírita ganhou milhares de livros,
todos publicados originalmente
em português.
Agora o Espiritismo avança
para terras estrangeiras e
a primeira solicitação que
recebemos dos abnegados
brasileiros que lá se instalam
é a de remessa de livros. São
muitas as solicitações para
a tradução de obras e são
poucos os companheiros que
colaboram neste importante
setor.
O espírita deve vivenciar o
Espiritismo de onde estiver.
Especialmente para aqueles
que estão distantes de um
centro espírita, o livro é um
recurso valioso para continuar
a enobrecer a alma.
O Mestre pediu que
pregássemos em seu nome,
curássemos os cegos e surdos
da alma e expulsássemos os
demônios da ignorância e
isto não se faz somente com
oralidade. O livro muitas vezes
chega primeiro do que nossa
fala. Especialmente agora com
versões digitais, o livro anda mais
depressa, atinge um número
maior de pessoas, está em todo
lugar e é sempre bem-vindo.
Lembremos as palavras
do Mestre pouco antes de
sua ascensão: “Sereis minhas
testemunhas em todos os cantos
da Terra” e até que cumpramos
esta importante sentença, o
livro pode nos antecipar. As
palavras de luz escritas por
nossos precursores podem
chegar primeiro e, até mesmo,
nos substituir e representar, até
que nos tornemos OS ARAUTOS
DO SENHOR. E, como “bardos”
atuais e “aedos” modernos,
possamos pregar “as maravilhas
do Reino de Deus” em todos os
cantos do planeta.
Milton Antunes Martins é
voluntário da Equipe de Apoio
ao Exterior e da Casa Espírita
Aurora dos Aprendizes da
Regional Oeste – SP

Pagina 07

25 curiosidades sobre as atividades
da Aliança no exterior

As iniciativas da Aliança
no exterior envolvem
não apenas o trabalho
de nossos irmãos desbravadores
em novos países, mas também
a dedicação de um grupo de

espiritual. Trata-se de um trabalho
complexo, que exige organização e
diversos desafi os.
Para trazer um pouco mais de
detalhamento, selecionamos 25

curiosidades sobre as atividades da
nossa rede no exterior, a partir de
relatos das reportagens publicadas
em O Trevo e de colaboradores
que compartilharam sua
experiência.

Você sabia que…

1– A Aliança promove diversas
Caravanas Globais para apresentar
no exterior sua estrutura de rede e
seus programas de espiritualização,
como a Escola de Aprendizes do
Evangelho, a Mocidade Espírita e a
Evangelização Infantil.
2– Uma das primeiras visitas de apoio
ao exterior foi em 1994, para a cidade
de Loberia, na Argentina. O grupo
Edgard Armond de Santo André (SP)
foi sorteado para ir à Loberia apoiar
o grupo Amália Domingo Soler, um
dos primeiros a oferecer a Escola de
Aprendizes do Evangelho.
3– As duas primeiras casas no exterior
a se tornarem Grupos Integrados da
Aliança foram em Loberia e Mar del
Plata, na Argentina.
4– Assim como no Brasil, na
Argentina a caridade também
teve papel relevante na divulgação
do Espiritismo. Em Mar del Plata,
foi estruturado um trabalho
de assistência social para dar
complementação alimentar a
crianças de um bairro carente, além
de evangelização infantil. A iniciativa
saiu na mídia local e também
virou referência para outros
companheiros espíritas argentinos
em outras cidades.
5– A maioria dos frequentadores
dos centros espíritas no exterior é
formada por brasileiros expatriados.
Além de buscar um local de estudo
e trabalho para si, eles também têm
a missão de apresentar o Espiritismo
para estrangeiros.
6– Um dos principais pedidos dos
grupos no exterior é a tradução de
livros espíritas. Atualmente, a editora
Aliança tem 51 livros traduzidos para
o espanhol, 6 para o inglês, 5 para o
alemão e 2 para o francês.
7– As Escolas a Distância foram
essenciais para o surgimento de
grupos em países como Alemanha,
Bélgica, Cuba e Estados Unidos.
8 – As Escolas de Aprendizes do
Evangelho a Distância (EAED)
surgiram na década de 80,
atendendo primeiramente brasileiros
que não poderiam frequentar uma
escola presencial.
9– Em 1988, surgiu a primeira
iniciativa na região Centro-Oeste
de uma escola que não tinha uma
equipe dirigente presencial. Os

dirigentes se deslocavam uma vez
por mês para as cidades de São
José do Rio Claro e Campo Novo do
Parecis (MT).
10– Tal iniciativa abriu espaço para
a realização das EAEDs no exterior.
Uma das maiores experiências
da Aliança com turmas da escola
a distância ocorreu em Cuba,
conduzida pelas Caravanas.
11– A primeira Caravana a Cuba
ocorreu em janeiro de 2009, com
palestras em 10 cidades. Três
meses depois, houve outra para
implementar o Curso Básico de
Espiritismo. Depois disso, ocorreram
diversas caravanas para Cuba
nos anos seguintes para auxiliar
a implementação de grupos de
estudo e trabalhos.
12 – Em 2011, havia 50 grupos
conduzindo o programa de EAE em
Cuba com 455 alunos e dois grupos
de Pré-Mocidade com 22 alunos.
13 – Uma das frentes de trabalho
da Aliança de apoio ao exterior é
o Médiuns Sem Fronteiras. Entre
as atividades estão vibrações por
grupos de trabalho no exterior, pelas
caravanas e por países em guerra.
Há também apoio mediúnico a
casas espíritas no exterior, tais como:
verifi cações para assistidos de casas
que têm assistência espiritual, mas
não tem grupo mediúnico e exames
espirituais dos alunos das escolas.
14 – O trabalho dos Médiuns Sem
Fronteiras se iniciou em setembro de
1999 no CEAE Vila Manchester, para a
sustentação da abertura da Escola de
Aprendizes do Evangelho a Distância
(EAED) no exterior.
15 – Esse mesmo grupo apoiou a
criação da primeira EAED em Tóquio,
em 2000.
16 – Atualmente, são direcionadas
vibrações de apoio a 54 grupos de
estudo ou casas espíritas no exterior,
em todos os continentes.
17 – O grupo de trabalho de Apoio
ao Exterior da Aliança foi criado na
Reunião Geral da Aliança (RGA) de
2001.
18 – O primeiro centro espírita da
Aliança na Europa foi criado em
Bruxelas, na Bélgica, em 1996.
Iniciativa de expatriados brasileiros,

recebeu inicialmente a
comunidade brasileira e
portuguesa. Em meados
dos anos 2000, decidiram acelerar
a migração dos trabalhos para o
idioma francês para atrair mais
frequentadores belgas.
19 – Uma das difi culdades
dos espíritas no exterior é o
desconhecimento da doutrina,
mesmo na Europa, terra onde
Allan Kardec publicou as obras
básicas. Para explicar a questão,
separamos um trecho do artigo de
Chico Bosco, na época residente
em Bruxelas, publicado em O Trevo
de julho de 1998: “Kardec pode ser
considerado aqui como um ilustre
desconhecido; e o Espiritismo uma
seita exótica, apócrifa, com a qual
se pode, de tempos em tempos, se
divertir em sessões de clarividência
e adivinhações. Esse quadro é o
mesmo de há cem anos na França
de Kardec.”
20 – A criação dos centros espíritas na
Austrália teve apoio da Regional Vale
do Paraíba.
21 – No dia 10 de outubro de 2004
foi realizado o primeiro ingresso
de discípulos da Fraternidade dos
Discípulos de Jesus na Europa – na
cidade de Frankfurt, na Alemanha.
Dos 19 alunos da turma, 9 fi zeram o
exame espiritual naquele dia e foram
aprovados. São alunos da primeira
turma de EAE do grupo Freundeskreis
Allan Kardec Frankfurt. A foto saiu na
capa de O Trevo.
22 – Os 9 ingressantes eram
brasileiros, mas a cerimônia tinha a
presença de alemães. Foi necessário
“improvisar” uma tradução
simultânea.
23 – As iniciativas da Aliança de apoio
aos grupos no exterior já estiveram
na capa de O Trevo em 11 edições
antes desta.
24 – O site da Aliança tem uma
ferramenta para a seleção do idioma
do site. Com isso, é possível traduzir
automaticamente todo o conteúdo
publicado para 133 línguas.
25 – A equipe do site escolhe toda
edição uma matéria de O Trevo
para publicação. Assim, é possível
ler também este texto em qualquer
idioma.

Pagina 08

Talita, a tartaruguinha, e outras memórias da 35ª Caravana a Cuba

Participei da 35ª Caravana a
Cuba, de 31/05 a 19/06/2017. Foi
uma experiência maravilhosa!
Sandra Pizarro e eu facilitamos
o Curso de Preparação para
Evangelizador da Infância.
Foram três cursos intensivos
em três localidades, durante
três fi nais de semana. Diversas
pessoas participaram com o
intuito de montar e oferecer o
curso, posteriormente.
Já se vão seis anos e
ainda me lembro com
muita emoção. Pessoas
comprometidas, interessadas,
que não mediam esforços
para participar. Diversas
limitações, todas superadas
com muita criatividade. No
fi m, não havia limites.
Numa das aulas do curso,
os participantes, em grupo,
planejaram e apresentaram
uma aula para os vários ciclos
e também para a Escola de
Pais. Que satisfação ver tudo
o que trabalhamos sendo
aplicado! Quantas risadas!
Em Camagüey um dos
grupos elaborou a aula JA36,

Talita, a tartaruguinha, cujo
tema é gostar de si mesmo.
Fizeram um pequeno teatro
para contar a história. Fábio,
um senhor de mais de 80
anos, fez o papel da tartaruga.
Com uma mochila nas
costas, simbolizando o casco,
dobrado sobre si, caminhava
lentamente enquanto as
demais participantes faziam
a narração. Esbanjava
juventude!
Preparava-se para ser
evangelizador de crianças.
Soube que Fábio desencarnou
há alguns anos. Onde quer
que esteja, minha gratidão por
aquele momento.
Em Bayamo, conheci a
Sociedad Espirita Gracias
a Dios. Uma casa que foi
ampliada para atender
à Evangelização Infantil.
Lá, todos os voluntários
eram evangelizadores. O
Curso de Preparação para
Evangelizador da Infância
era o primeiro a ser oferecido
aos alunos das Escolas de
Aprendizes do Evangelho,

em Cuba.
Havia um mural da
Evangelização, muito
lindo! Com as fotos dos
evangelizadores (que eram
muitos!) e das crianças.
Os livros de apoio e todo o
material maravilhosamente
arrumado. Um exemplo de
organização, de capricho, que
demonstrava a importância
que o trabalho tem.
Já imaginou se aqui no
Brasil fi zermos o mesmo?


Maria Filomena C. Lopes
é da Equipe de apoio à
Evangelização Infanti
l

O que não estamos fazendo?

Nesta edição de O
Trevo, trouxemos alguns
relatos sobre iniciativas da
Aliança Espírita Evangélica
para apoiar a expansão do
Espiritismo no exterior. Apesar
das conquistas dos trabalhos
realizados, é preciso também
refl etir sobre o que ainda
precisamos fazer.
Estamos sentindo um
pouco de distanciamento
dos apoiadores. Muitas vezes
fi camos sem notícias dos
nossos apoiados no exterior.
Em alguns casos, as vibrações
às Casas no Exterior fi cam sem
receptividades!
Precisamos junto à Diretoria
da Aliança desenvolver um
trabalho corporativo de apoio
e integração permanente

com as Casas no Exterior
como acontece com as nossas
Casas no Brasil. Aqui temos as
Regionais e talvez precisaremos
criar um modelo para as Casas
no Exterior que passam muitas
vezes esquecidas no movimento.
Trago abaixo um trecho do
editorial de O Trevo de julho
de 2012:
“A Aliança do Futuro
não deve fi car limitada
ao que estamos fazendo
hoje. Precisamos refl etir
principalmente naquilo que
não estamos fazendo, mas
deveríamos. A sociedade
avança e multiplicam-se as
provas coletivas e individuais
no campo racional e no campo
moral, para que possamos fazer
bem a atual transição de nível

planetário. No que compete à
Aliança, isso exige a evolução
constante de nosso programa.
A Aliança foi criada para
contribuir com a evolução
da humanidade, junto a
tantas outras iniciativas que a
Espiritualidade Superior vem
desenvolvendo ao longo das
eras. Nos momentos de nossas
vidas em que nos lembramos
de nossa natureza verdadeira, é
útil nos indagarmos se e como
servimos a uma Causa Maior,
pois a Aliança verdadeira é
formada por todos nós.”

Dagmar Theodoro Cruz é
da Equipe de Apoio ao Exterior
e do CEAE Manchester, da
Regional São Paulo – Leste

Pagina 09

Um ‘obrigado’ do Canadá aos Médiuns sem Fronteiras

A distância e as barreiras
são limites existentes
somente no plano físico.
As fronteiras nos separam,
mas o amor de Cristo nos
une. E o que é o trabalho
abnegado dos Médiuns
sem Fronteiras senão a
personifi cação desse amor?
Há 8 anos surgia em
Edmonton, no Canadá,
o sonho de iniciarmos
atividades espíritas
nessas terras distantes.
Desde os primeiros
momentos recebemos
o apoio da equipe dos
Médiuns sem Fronteiras,
o que foi essencial para

que pudéssemos ter a
sustentação necessária para
a realização do nosso sonho.
Ao longo desses anos
muitos foram os trabalhos
aos quais pudemos contar
com o apoio deles em
diversas atividades: exames
espirituais das 2 turmas da
EAE, exames dos cursos
de médiuns, vibrações de
sustentação pelos trabalhos,
vibrações para participantes,
amigos e familiares,
tratamentos a distância,
vibrações pela nossa futura
sede etc.
Somos extremamente
gratos por esse trabalho

maravilhoso, que esteve
presente conosco e que
nos ajudou a regar nossas
sementinhas que hoje dão
frutos.
Nossa eterna gratidão
a esses amorosos
companheiros que estiveram
conosco de mãos dadas,
nos guiando, orientando
e ajudando. Que um dia
possamos fazer por outros
irmãos o que vocês fi zeram
por nós.

Izabela Bonani é do
Grupo Espírita A Caminho
da Luz, de Edmonton /
Canadá.

Guiada pela espiritualidade até a livraria da Aliança

Sou brasileira e moro há
25 anos fora do Brasil devido
ao trabalho do meu marido.
Atualmente moro em Santo
Domingo, na República
Dominicana.
Encontrei a doutrina
Espírita há 22 anos, depois do
desencarne de minha mãe.
Fui buscar consolo e encontrei
compreensão, entendimento,
acolhimento, gratidão e o
verdadeiro sentimento de amor
ao próximo.
A República Dominicana é
uma ilha pequena e faz divisa
com o Haiti. O Espiritismo
aqui ainda é pouco difundido
e existem alguns tabus por
desconhecimentos da doutrina.
Pertenço a um grupo de
brasileiras expatriadas, hoje
quase todas já se mudaram a
outros países, mas seguimos
nos encontrando online.
Fazemos o estudo do evangelho
semanalmente, quando, por
surpresa, recebemos uma
mensagem que existia um
grupo espírita kardecista e
deveríamos buscá-lo.
Encontramos o Centro
Espírita Elupina Cordero (CEEC),
um grupo pequeno, porém com
bases sólidas e fomos recebidas

de braços abertos.
Por meio de mensagens
psicografadas recebidas pelo
centro, tivemos a confi rmação
que o sr. Alipio González
Hernández estava presente nos
orientando .
Diversas vezes sentimos
sua presença de maneira
a nos conduzir. Tomamos
conhecimento que os livros
pertencentes ao centro espírita
haviam sido doados por sr
Alipio, e que, inclusive, ele
esteve visitando o país anos
atrás. O dirigente do grupo, o dr.
Fernando Antonio Lora Gómez
e sua esposa, a sra. Vilma Piña
Guzmán, haviam participado da
correção da tradução de alguns
exemplares .
Devido à escassez de livros
no país, senti necessidade
de buscar novos exemplares.
Então, antes de minha
última viagem ao Brasil, em
fevereiro/23, liguei para a
editora IDE tentando saber
se ainda existiam livros para
serem vendidos. Fui super bem
atendida e informada que não
havia mais exemplares.
Chegando em São Paulo
me dirigi a Feesp para uma
palestra e aproveitei para passar

por uma livraria que anos atrás
comprei alguns exemplares
espíritas em espanhol… Mas a
livraria havia sido fechada. Voltei
à Feesp, orei e entrei na livraria.
Conversei com a atendente e
me aconselhou a buscar na
internet o telefone e endereço
da livraria da Aliança Espírita,
pois sabia que tinha outras lojas.
Liguei e a Val me atendeu.
Com uma inspiração divina,
cheguei na livraria e para
surpresa haviam muitos
exemplares espíritas traduzidos
pelo sr Alipio, exatamente
iguais aos que nos chegavam
ao centro espírita. A emoção foi
muito grande. Me senti guiada
e orientada o tempo todo.
Muita gratidão.
Acredito que somos
dirigidos, orientados, inspirados
e abençoados pelo amor
de irmãos espirituais. Vários
exemplares que trouxe já foram
distribuídos. Muito obrigada
pela oportunidade.

Sandra Felipe Penteado
Bartolomeu é do Centro
Espírita Elupina Cordero
(CEEC), na República
Dominicana.

Pagina 10

Cosmos: lições de astronomia,
evolução e espiritismo

fantástica, o maior porto
do mundo, na época que
a navegação era o contato
entre os povos e teve seu
apogeu nos seus 600 anos de
existência, que começaram
por volta de 300 a.C., chegando
a possuir meio milhão de livros
(em papiro).
Lá os sábios estudavam
todo o cosmos, uma palavra
grega que expressa a ordem do
universo e implica a profunda
interconexão entre todas as
coisas. Foi lá, por exemplo,
que Herófi lo, o fi siologista,
estabeleceu de maneira
sólida que é o cérebro, e
não o coração, a morada da
inteligência. Foi lá também
que foram feitas as cópias que
chegaram até nós do Antigo
Testamento para o grego.
Dos poucos fragmentos
e livros que sobreviveram ao
incêndio, sabemos que havia
uma história do mundo em três
volumes, hoje perdida, de um
sacerdote babilônio chamado
Beroso. História esta que hoje
diversos livros espíritas nos
trazem repletos de detalhes
de nosso avanço espiritual no

Interessante como algumas
obras não precisam
ser espíritas para falar
de Espiritismo. Como nas
parábolas do Mestre, que
trazem também a mensagem
subliminar nas entrelinhas de
textos majestosos.
O livro Cosmos certamente
é uma delas. Escrito por Carl
Sagan, um visionário que
popularizou a astronomia e
a astrofísica, trazendo uma
forma de pensar muito
racional e organizada sobre
nosso contexto neste universo
gigantesco de Deus. O livro
faz parte de uma lista seleta
do Congresso Americano de
publicações que moldaram os
Estados Unidos da América.
Para quem imagina
que encontrará fórmulas
e teorias da formação dos
mundos…está certo. Porém,
esta é uma diminuta parcela

do livro. Com um grande
histórico das civilizações e
do conhecimento humano,
nos leva a viajar junto nesta
odisseia do descobrimento do
mundo e da exploração dessa
perspectiva cósmica.
A introdução, logo na
primeira frase, nos traz Sêneca,
fi lósofo grego do século I,
dizendo: “Há de vir o tempo no
qual uma pesquisa diligente
durante longos períodos
revelará coisas que hoje estão
ocultas… A natureza não revela
seus mistérios de uma vez só.”
Nos lembra que mundos
são raridades preciosas, que
existem centenas de bilhões
de galáxias, cada uma em
média com 100 bilhões
de estrelas e 10 bilhões de
trilhões de planetas… Algo
inimaginável como o infi nito.
Nos lembra que Alexandria
foi uma metrópole egípcia

mundo material.
Sabemos também que o
universo conhecido tem 14
bilhões de anos, conhecido
falemos, pois sabemos ser
infi nito. Que a passagem do
caos do Big Bang (teoria do
início da criação da nossa
parte do universo conhecido)
para o cosmos que estamos
começando a conhecer é a
mais espantosa transformação
de matéria e energia que
tivemos o privilégio de
deslumbrar. E somos nós
mesmos uma das mais
espetaculares de todas as
transformações, formados da
poeira das estrelas.
O livro fala de evolução, de
seleção natural, de vida, de
genética e ressalta: ”Parecia
não haver um modo pelo
qual átomos e moléculas
pudessem de algum jeito se
juntar espontaneamente para
criar organismos com tão
espantosa complexidade e de
tão sutil funcionamento como
os que adornam quaisquer
das regiões da Terra… Cada
célula de seu corpo é um tipo

Pagina 11

de comuna, com partes que
uma vez haviam sido livres,
tendo se juntado para o bem
comum. E você é feito de 100
trilhões de células. Somos cada
um de nós uma multidão.”
Há dezenas de bilhões
de tipos conhecidos de
moléculas orgânicas, mas
apenas 50 delas são usadas
nas atividades essenciais da
vida. Os mesmos padrões
são empregados repetidas
vezes, conservadoramente,
engenhosamente, para
funções diferentes.
O autor destaca que apenas
uma célula viva é um regime
tão complexo e tão belo
quanto o reino das galáxias e
das estrelas. Que a elaborada
maquinaria das células
tem evoluído de maneira
meticulosa por mais de 4
bilhões de anos e que nossos
corpos são remanescentes
de 40 mil gerações de
homens pensantes que nos
precederam.
Comenta que a
evolução deve ter sido
desesperadamente lenta
e funciona por meio de
mutação e seleção. Isto é
muito interessante e nos
remete a pensar que um dos
maiores avanços da alma é a
paciência como virtude. Para
poder participar mais e mais
da criação divina, basta para
isto substituirmos a palavra
mutação acima por criação.
Assim, através do pensamento
e vontade, espíritos de moral
elevada podem atuar sobre a
matéria e através da intuição
e sabedoria utilizar as Leis
Divinas no processo criador,
mutador.
Nos destaca que o sábio
antigo Ptolomeu nos estudos
dos céus chegou a uma
espécie de êxtase onde
registrou: ”Mortal como sou,
sei que nasci para durar um
dia, mas quando acompanho
sempre que quero a compacta
multiplicidade dos astros em
seu curso circular, meus pés já
não tocam a Terra.”
É interessante pontuar que
os planetas sentem a presença
do Sol pelo magnetismo. E
Newton, após a revolução que
conseguiu trazer na ciência,
antes de morrer escreveu:
“Não sei o que o mundo pode
achar de mim; mas para mim
mesmo parece que fui apenas
um menino, brincando na
praia e me divertindo quando

encontro, vez ou outra, uma
pedrinha mais lisa ou uma
concha mais bonita do que o
normal, enquanto o grande
oceano da verdade jaz
totalmente não descoberto à
minha frente.”
Fala de catástrofes e
estatística, da Lua, de planetas,
das diversas sondas enviadas
para o sistema solar, sobre a
exploração de Marte, Vênus,
que a natureza levou centenas
de milhões de anos para fazer
a bactéria evoluir e bilhões
para criar o gafanhoto. Se
entendermos que a Natureza
é produto Divino feito por uma
legião de trabalhadores no
bem, pois onde está a atenção
está também o coração,
poderemos compreender o
quão abençoados somos por
ter este corpo físico que nos
permite avançar.
Ainda que, com a evolução
do entendimento da energia
elétrica, a mente humana
evoluiu no abstrato saindo do
mecânico, analógico para o
digital.
Que os pitagóricos
imaginavam o mundo ser
constituído de 4 elementos
(terra, fogo, água e ar) e que a
substância dos corpos celestes
seria feita de uma quinta
essência, daí a origem da
palavra quintessência, muito
difundida no espiritismo.
Discorre sobre os ciclos
também, ponderando: “E se
existem ciclos na era dos seres
humanos, não poderia haver
ciclos nos éons dos deuses?
A religião hindu é a única
entre as grandes crenças do
mundo que cultiva a ideia
de que o próprio cosmos
passa por um imenso, na
verdade infinito, número de
mortes e renascimentos. É
a única religião na qual a
escala do tempo corresponde,
sem dúvida por acaso, à
da moderna cosmologia
científi ca. Seus ciclos vão
desde um dia e noite
normal a um dia e noite de
Brahma, com 8,64 bilhões
de anos, mais longo que a
idade da Terra ou do Sol, e
cerca de metade do tempo
transcorrido desde o Big Bang.
E há escalas de tempo ainda
mais longas.”
O livro fala que a
quantidade de informações
contidas nas canções das
baleias Jubarte é mais ou
menos a mesma quantidade

de informação contida na
obra Ilíada ou na Odisseia.
Que a evolução do cérebro
humano mostra todas as fases
anteriores do núcleo para a
periferia, desde os répteis aos
mamíferos. Uma descrição
similar encontramos no livro
Missionários da Luz ao explicar
o desenvolvimento fetal,
também, o entendimento
de que a espécie humana se
distingue pelo pensamento.
As Leis da Natureza são
uma linguagem comum
a todos os mundos (nós,
espíritas, sabemos que
o pensamento também
é uma linguagem
universal). A exploração do
cosmos é uma jornada de
autodescobrimento, e com a
razão aprendemos a moderar
nossa raiva, nossa frustração,
nosso desespero. Assim, a
história humana pode ser vista
como um lento amanhecer
da consciência de que somos
membros de um grupo maior.
Fala de muitas outras coisas
interessantíssimas, de Santo
Agostinho aos Gregos, Jônios,
cérebro, consciência etc. Se
as elencasse aqui, não haveria
páginas sufi cientes a não ser
as do próprio livro.
Este livro virou uma série
muito famosa de TV de
mesmo nome que teve uma
continuação recente. Vale a
leitura. Fiquemos com Deus.

Mauro Iwanow
Cianciarullo é da Casa
Espírita Evangelho e Amor
(CEEA) – Regional São Paulo
Livro: Cosmos
Editora: Companhia das Letras
Autor: Carl Sagan

Pagina 12

Um alerta aos pais

Olá, famílias! A inspiração
para escrever sobre este
título surgiu a partir da
fala de uma criança de 6 anos,
durante uma atividade na
evangelização infantil. Estávamos
realizando um exercício sobre
autoconhecimento e uma das
perguntas era: O que te faz feliz?
Espontaneamente, sem parar
para analisar nem pensar muito,
a resposta desta criança foi:
“o que me faz feliz é quando
minha família brinca comigo,
isso me deixa feliz, queria que
tivessem mais tempo para
brincar comigo, a minha família
só fi ca no celular!”
Por um instante pude sentir
a emoção e a tristeza que se
refl etiam naqueles pequenos
olhos que me encaravam,
buscando uma resposta, e que
logo se distraíram ao ouvir as
palavras da amiga ao seu lado.
O lar é a primeira escola
do espírito. Os pais são os
primeiros educadores, aqueles
que irão ensinar, exemplifi car,
orientar, guiar e zelar por seu
desenvolvimento como um
todo. Os momentos convividos
em família são grandes
oportunidades para transmitir
valores inerentes à formação da
criança.
Se antes do grande
avanço tecnológico atual não
conseguíamos dar a atenção
sufi ciente às crianças, o que
dizer então dessa nossa vida
cotidiana agitada?
Será que a tecnologia tão
avançada e rica em conectar
pessoas está nos deixando
distantes de nossos fi lhos?
Estamos realmente conscientes
da responsabilidade?
Se para os adultos não é fácil

competir por atenção contra a
tecnologia, imagine então para
as crianças.
Em O Evangelho Segundo
o Espiritismo, Santo Agostinho
nos diz: “Lembrai-vos de que
a cada pai e a cada mãe Deus
perguntará: Que fi zestes
da criança confi ada à vossa
guarda?”.
Receber de Deus um ser
aparentemente tão frágil e poder
contribuir para sua formação
moral e espiritual é uma missão
que nosso Pai nos concede.
Busquemos nos tornar exemplos
a serem seguidos, assim como
Jesus, nosso modelo e guia.

“O que me faz feliz é
quando minha família
brinca comigo.
A minha família só fi ca
no celular!”

Procuremos estar atentos às
nossas crianças. Os momentos
de brincadeiras também são
de grandes aprendizados, pois
assim a criança aprende de
forma natural e simples sobre
o mundo. Aprende a despertar
suas emoções, a desenvolver
a confi ança, o respeito ao
próximo, a autoestima, entre
outras lições. E quando os pais
participam desses momentos
de brincadeiras, tão especiais
para as crianças, são criadas
memórias afetivas que farão
parte de todas as fases de suas
vidas.
Todos nós temos memórias
afetivas que se tornaram histórias
engraçadas, tristes, alegres e
que compartilhamos. Algumas
até narramos aos nossos fi lhos.
Então, refl ita: Você já sentiu a

tristeza da ausência na infância?
Jesus ao nos ensinar ”façais
aos outros o que gostaríeis
que vos fi zessem”, também
está se referindo ao nosso
relacionamento com os fi lhos.
Só por um minuto coloque-se
no lugar da criança que aguarda
passar alguns momentos com
você, esperando um minuto,
como você pediu, minuto que
para ela parece eterno, pois
nunca acaba. Procure perceber
suas atitudes, busque o olhar de
seu fi lho, observe como os olhos
dele brilham e sorriem quando
veem sua atenção totalmente
voltada a ele.
Segundo O Livro dos
Espíritos, “a delicadeza da
idade infantil os torna brandos,
acessíveis aos conselhos da
experiência e dos que devam
fazê-los progredir. Nesta fase é
que se lhes pode reformar os
caracteres e reprimir os maus
pendores”.
O momento é agora! A
brincadeira é uma forma de
aprendizagem educativa
prazerosa e signifi cativa para o
espírito na fase da infância.
Além disso, a
responsabilidade da tarefa
evangelizadora se faz
presente no lar, na realização
do Evangelho, nas leituras
edifi cantes, nos exemplos
diários da conduta familiar, na
conscientização de que cada
criança é um espírito único, que
deve ser visto, ouvido, respeitado
e amado em sua essência.

Silvia Maria dos Santos
Amâncio Ribeiro é do CE Luz do
Caminho (CELUCA), Regional
Vale do Paraíba

Pagina 13

Entrevista: Nobuko Miyashiro

Essa entrevista teve como
motivação conhecer um
pouco mais da história de
uma família que se aproximou
do Espiritismo e das práticas
espiritualistas, mesmo tendo
raízes em uma cultura tão
diversa da nossa, a cultura
japonesa, e também conhecer
como a migração favoreceu
encontros inter religiosos
que, mesmo em meio a tanta
intolerância, são a marca
registrada do povo brasileiro.
Sim, foi pela dor que a
família de Nobuko Miyashiro,
com influências do Budismo
e do Catolicismo, chegou à
assistência prestada em um
barracão muito humilde.
Confira a seguir a entrevista
conduzida por Estela
Miyashiro, neta de Nobuko, a
pedido da equipe de O Trevo:
Estela: Como foi essa
chegada da sua família
japonesa para o Brasil
e como você, de origem
japonesa, conheceu o
Espiritismo?
Nobuko: Meus pais vieram
da cidade de Okinawa, no
Japão […] Sempre ouvi falar
que eles deixaram uma filha
ou filho mais velho lá. Eu não
sei se é verdade esse caso,
porque antigamente toda
família japonesa deixava um
filho ou uma filha lá, por causa
da guerra. Eu nunca soube se
era verdade ou não.
E: Como se tivesse que
ficar alguém para lutar pelo
país, é isso? Mas você nasceu

em Suzano [estado de São
Paulo], né?
N: Sim, eu e meus irmãos
nascemos todos aqui no
Brasil.
E: Como você descobriu o
Espiritismo? Não foi a partir
dos seus pais, não?
N: Não, porque eles tinham
outra religião, o Budismo, eles
não seguiam a religião, mas
acreditavam. Seguir a religião
é uma coisa, acreditar é outra,
né. Eles acreditavam no
Catolicismo.
E: Ah, era o Budismo e o
Catolicismo? E como que
o Espiritismo chegou para
você?
N: Eu muitas vezes me
sentia mal, eu era bem nova
[criança], parece que eu perdia
os sentidos e eu lembro que
minha mãe jogava água na
minha cara, na minha cabeça
para acordar. No dia seguinte
eu me sentia bem mal, mas
não entendia nada. Meus
pais conheciam uma família
que era espírita e de vez em
quando eu comecei a ir com
eles nesse centro espírita, mas
era aquele bem antigo, uma
choupana, um barracão, bem
pobre mesmo, eles tinham
que apagar a luz pra receber,
eu ficava no escuro, não via
ninguém, morria de medo!
Foi bem depois [anos
depois], eu já era casada,
já tinha seu pai, ele sofria
de bronquite, mas ele se
sentia tão mal, eu comecei a
frequentar o centro espírita
lá no Belém. E eu conheci
várias pessoas que faziam
parte da mesa espírita e
eles davam passe no seu
pai. Aí devagarinho ele foi
melhorando, mas eu dei muito
remédio pra ele, por causa da
bronquite.
E: E o passe ajudava?
N: Ajudava bastante. Aí eu
conheci a dona Luiza e um
senhor chamado seu Lopes.
Ele era muito bom, ele dava
passe no seu pai e conversava
muito.
E: Ah, eu achei que você
conheceu o Espiritismo pela
dona Luiza, mas você já
conhecia quando era jovem.
N: Eu conhecia, mas não

entendia. A gente sabe que
aquela pessoa é espírita e tira
tudo de ruim da gente, mas
conhecer a mediunidade,
entender como são os guias,
não entendia nada disso. Eu
fui entender tudo com a dona
Luiza e o seu Lopes.
E: O conhecimento da
Doutrina foi depois?
N: Foi bem depois. Eu já
tinha o seu pai e ele tinha
quatro pra cinco anos, por aí.
E: E você se considera
espírita?
N: Eu me considero. Eu
respeito todas as religiões. Tem
que respeitar e não debochar,
porque são bem diferentes
uma da outra.
E: Eu gosto de várias
religiões e dá para encontrar
vários pontos similares. Eu
acho bonito como Deus
se manifesta de diferentes
naturezas para diferentes
pessoas, em diferentes
culturas, acho muito lindo. E o
que mais gosta do Espiritismo
que você acredita que te
ajudou?
N: Eu acredito porque é
uma uma religião sincera. Pelo
menos até aqui, que eu sei, a
gente não ouve mentira.
E: E tem algum livro
espírita que você gosta mais,
que você acha inspirador?
N: O Evangelho, o seu pai
trouxe um de quando ele
era pequeno, uns seis anos,
tava caindo aos pedaços [o
livro]. Mas eu não era muito
frequentadora porque seu
avô não acreditava, ele
ouvia a dona Luiza mas não
acreditava.
E: A dona Luiza era
médium de incorporação?
N: Era muito forte, nossa!
Quando terminava a sessão,
ela trabalhava quase que
a sessão inteira, quando
terminava ela não lembrava
de nada, quando voltava
pro corpo dela estava muito
cansada.
E: É porque o espírito
consome a energia do corpo,
né.
N: Antes de começar a
sessão ela se concentrava
firme e ela se entregava. Ela se

Pagina 14

concentrava e falava firme. Era
diferente quando ela falava
com outro espírito.
E: E você quis trabalhar a
sua mediunidade?
N: Não, mas eu frequentava
o centro espírita. Quando
seu pai ficava ruim a gente
ia toda semana. Seu avô me
levava e buscava, mas ele não
acreditava, nunca entrou, ele
ia contra a vontade dele.
E: Ele era católico, né. A
família dele também.
N: É, eles são católicos.
E: Ao mesmo tempo, ele
se aproximou da família
da Luiza, apesar de não
frequentar o centro, ele tinha
amigos ali, era quase da
família.
N: Sim, quase parte da
família, uma pessoa que
ele sempre respeitou, que
considerava mesmo.
E: Você chegou a conhecer
seus avós?
N: Não, nem avós, nem
tios. Meus pais não eram
de conversar, de comentar.
Minha mãe não entendia
português e eu não entendia
japonês. Mãe e filha não
falavam a mesma língua, isso
dificultou demais. Minha irmã
mais velha e meu irmão mais
velho falavam japonês então
eles ficavam lá conversando.

anos, sou eu, porque eles
faleceram antes dos setenta
[anos]. E fico pensando, o que
estou fazendo aqui, dando
trabalho pros outros, será um
castigo pra mim, não sair,
não andar! Eu queria estar
andando.
E: Tudo tem um motivo. O
processo de envelhecimento
traz essas limitações,
principalmente motoras, e às
vezes, até cognitivas. A sua
cabeça está boa, tem gente
que anda e não está com a
mesma cabeça que você!
[as duas dão uma pausa]
Olha o passarinho na janela.
N: Olha, se não tivesse a
rede eles entravam!
[pausa]
Eu via coisas, eu conto pro
teu pai, ele acha estranho. Eu
não sei se vem do espírito,
imaginação, não é. Porque
eu lembro até hoje porque
depois eu vi na televisão
muitos anos depois. Eu via
que eu estava deslizando
no gelo, via umas peças nos
braços.
E: Você se via esquiando
no gelo como se fosse em
uma outra vida?
N: É, muitas coisas eu

lembro, de criança eu morava
numa casinha de sapê e via
uns troncos enormes e eu
dormia num corredor e eu
tinha minha cama e eu via um
monte de serzinho pequeno,
uns dez centímetros, usavam
uma batina de marrom com
aquele capuz, aquela roupa
comprida. Eu tive muito
desses sonhos.
E: Deve ser algum espírito
elemental. E fada, você viu?
N: Não. Quando eu era
criança também via e ouvia as
coisas e não tinha com quem
conversar, né. E os vizinhos
falavam que eu estava louca.
Sofri muito porque eu não
podia contar com meu pai e
minha mãe.
Eu não tinha com quem
desabafar, com quem
conversar, contar… Se eu
contasse pras minhas irmãs
elas iam falar que era coisa da
minha cabeça. Então, eu tinha
que dormir naquele corredor
imenso, eu ficava apavorada.
Como eu ouvia e sentia as
coisas. Tinha uns oito ou nove
anos eu ouvia as coisas.
E: Mas o Espiritismo te
ajudou a aliviar isso né?
N: Bastante.

Eu nunca pude desabafar
com a minha mãe porque ela
não me entendia, ela nunca
se esforçou para entender
o português, nem assinar o
nome, ela assinava.
Então eu tive uma vida
sofrida porque não podia
contar com a minha mãe,
nem com o meu pai e nem
minhas irmãs, a gente traz
isso pro resto da vida, né.
E: Algumas mágoas, né?
N: Ah, muitas!
E: Mas também teve a
oportunidade de criar sua
família, né? Mesmo que
pequena, com só meu pai
de filho, agora o Ravi. Agora
uma nova história é uma
nova oportunidade, então
acho que a sra também
teve a oportunidade de
recomeçar de novo.
N: Ah, completamente!
Muda tanto, né (risos). Da
minha família, eu sou a única
com vida, aos oitenta e poucos

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O minimamente necessário
para ser dirigente de EAE

Otrabalho em nosso grupo
do projeto EAE/FDJ tem
sido muito intenso e, como
procuramos ressaltar sempre que
temos oportunidade de expor e
descrever o desenvolvimento do
trabalho, tudo é feito para atender
às demandas do movimento
em Aliança e com foco no
melhoramento e evolução da EAE,
no que diz respeito à qualifi cação
dos voluntários envolvidos no
processo.
Além disso, todas as decisões
são feitas em conjunto, passando
pela avaliação das coordenações e
ciência e aprovações no Conselho
de Grupos Integrados da Aliança
(CGI), quando cabível.
Um dos pontos que tem causado
uma necessidade mais intensa de
esclarecimentos é a ratifi cação – já
que não é uma alteração do que já
havia sido defi nido desde sempre
– dos critérios mínimos para que
alguém seja um Dirigente de EAE,
ou mesmo para se fazer o Curso de
Formação para Dirigente de EAE.
A conferir:

  • O futuro dirigente, para se
    habilitar a realizar o curso, deve
    estar no grau de Discípulo, ou seja, ter ingressado com sucesso na FDJ, cumprindo todas as etapas da EAE para tal.
  • Para dirigir efetivamente
    uma turma de EAE, o aluno do
    Curso de Formação deve ter sido
    aprovado neste Curso, seja pela
    equipe encarnada, seja pelo Exame Espiritual.
  • Recomendamos que o
    voluntário também esteja
    capacitado no Curso de Facilitador (ou Expositor, como era designado), pois ele deve e precisa se responsabilizar por todas as aulas, independente da presença de um
    facilitador do tema.
    Além disso, queremos reiterar

os critérios para a ATUALIZAÇÃO
geral de Dirigentes de EAE. Esta
iniciativa, também alinhada com
as solicitações do movimento,
por meio de levantamentos
feitos reiteradamente ao longo
dos últimos 6 anos, e verifi cada e
aprovada em CGI, reforçamos:

-Este é um programa de
ATUALIZAÇÃO de dirigentes que
estavam em exercício desta função,
ou seja, aprovados anteriormente
em curso de capacitação de
dirigentes de EAE e, possivelmente
dirigindo turmas ou tendo dirigido
uma ou mais turmas de EAE.

– Não é um curso de Formação
para NOVOS dirigentes, sendo
este de responsabilidade de cada
regional, segundo os critérios acima
descritos.

-E, também acordado em
Conselho, a recomendação
fundamental é que TODOS os
dirigentes de EAE da Aliança
passem por esta atualização até o
fi nal de 2025 para que se habilitem
a dirigir novas turmas.

-E, estamos recomendando
que os Dirigentes de EAE sejam
igualmente capacitados como
Facilitadores de aulas.

-Esperamos ter aclarado ainda
mais este tema, que sabemos traz
questões em muitas de nossas
casas e regionais, mas sabemos
de fundamental importância para
uma evolução segura de nossa EAE
em um mundo que muda todo dia
e para atender um novo público.
De qualquer forma, a equipe do
projeto está sempre à disposição
para dirimir dúvidas e esclarecer a
todos pelo e-mail: projetoeaefdj@
equipesalianca.org.br
ou procure
o Coordenador de EAE/FDJ de sua
Regional.

Cida Vasconcelos é da Equipe
de Apoio Projeto EAE-FDJ

Foto: Aziz Acharki – Unsplash

POESIA
Renunciar, erro fatal!
Por Jerson Bottaro
Nascemos para um projeto
Projeto visando um bem maior
Neste intuito não somos apenas
o objeto
Somos o grande condutor.
Condutor das ações
Que se bem conduzidas
Adestraram também nossos
corações
Para as realizações iluminadas.
Somos responsáveis por nós
Somos responsáveis por todos
em nosso caminho
Somos responsáveis pelo
Planeta
Pois não estamos sós.
Avanço intelectual e espiritual é
fundamental
Permite que utilizemos nossa
razão
Para que não vivamos como um
vegetal
E nossa vida seja de realização.
Nossas amizades sejam fortes
Enlaçadas por um fi o
inquebrável, resistente
Onde as tormentas não nos
desgaste
Para que sigamos avante.
Trabalhar pelo nosso País e
nosso Planeta
Nos campos sociais da
educação, saúde e segurança
Possibilitando que todos
atinjam sua meta
Sem carregar o sentimento de
vingança.
É nosso direito
É nossa responsabilidade
Tratemos a todos com respeito
Deixando de lado nossa vaidade.
Mantendo sempre a conexão
espiritual
Para nossa vida não desabar
Se faz necessário e primordial
De nossa encarnação não
renunciar!

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As visitas da Diretoria da Aliança às regionais estão de volta

complementar com alunos no centro Maria de Nazaré, onde relembramos o caráter iniciático da Escola de Aprendizes do Evangelho e os conceitos da Aliança. No sábado, estivemos na casa mais
nova da regional, o Centro Espírita Joanna de Ângelis, e fi zemos um encontro com todas as lideranças
da região. Tivemos a presença de 4

Atendendo a pedidos dos
nossos amigos das regionais, a
Diretoria da Aliança retomou as
visitas às casas. Nos dias 17 a 21
de maio, visitamos a Regional
Extremo Sul. Estivemos na
maioria das casas e fi zemos
alguns encontros com as
lideranças. Foram momentos de
muita troca e aprendizado.
Registro aqui a minha gratidão

à hospitalidade do povo gaúcho, em
especial aos casais Brau e Karen, e a
Sandra Solé e Ricardo, pelo carinho
e dedicação.
Foram dias memoráveis. Na
quinta-feira, visitamos a casa Paulo
de Tarso, pioneira da Aliança Espírita
na região, onde conhecemos os
desafi os enfrentados e vencidos
por esses voluntários. Na sexta,
participamos de uma aula

representantes da casa Maria de Magdala, de Porto Alegre. Ao todo,
estávamos em mais de 35 pessoas
representando todas as casas. Neste período que passamos
na regional, vi um grupo de casas
vencendo desafi os e a coordenação
regional empenhada em apoiar
todas as casas, trabalhando
incansavelmente para que os valores
da Aliança sejam praticados. No
retorno a São Paulo, fi cou a saudade
e a certeza que os conceitos da
Aliança estão assegurados nas casas
da regional. Abraço forte a todos
e espero revê-los em breve. Com
certeza nos veremos na RGA 2024.

Visita à Regional ABC

No dia 4 de junho, a Diretoria da
Aliança visitou a regional ABC. Eu e
meu amigo Leandro Costa, diretor
que apoia os coordenadores, nos
reunimos com as lideranças num
ambiente de muita alegria na
casa Redentor, em Santo André.
Ficamos na manhã de domingo
aprendendo um pouco mais
sobre essa regional, que é uma das
maiores em número de casas e
que contribui muito para o espírito
de Aliança.
Agradecemos o convite da
Ângela e do Osnir e por toda a

organização do encontro, assim
como todos os representantes que
estiveram no local e enriqueceram
a experiência.
Os desafi os são grandes e a
união nos fortalece. A regional
ABC conta com 30 casas na
região e mais 2 casas do Riode Janeiro que se juntaram à
Regional já há algum tempo.
O representante das casas do
Rio participou remotamente da
reunião. Fica aqui a nossa gratidão
pela presença.
Importante: A Diretoria da

Aliança se coloca à disposição para
visitar as regionais sempre. Nestes
tempos de mudanças, achamos por
bem não colocar um calendário de
visitas nas regionais e deixar as datas flexíveis. Então, as regionais que
sentem que a presença da Diretoria
pode ajudar de alguma forma, é só
nos comunicar e vamos agendar
um encontro. Será sempre um
prazer servir. Afi nal, esse é o nosso
principal lema: confraternizar para
melhor servir.
Luiz Amaro é diretor-geral da
Aliança

Agradecimento e vibrações

Pedimos vibrações por Sônia
Maria da Silva, que desencarnou
em junho e foi colaboradora por

muitos anos na editora Aliança e
diagramadora de O Trevo. Que a
espiritualidade lhe receba com

acolhimento. Deixamos nossa gratidão
pela sua grande contribuição ao Trevo
e nossas orações pelos seus familiares.

Correção

Na edição de maio/junho de O
Trevo, erramos uma informação na
reportagem “Edgard Armond, suas

vidas e a infl uência no movimento
espírita”, na página 6. O nome do
livro traduzido por Armond aos 26

anos é “Os Vedas” e não “O Livro
dos Mortos”. Pedimos desculpas
pelo erro.

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Panorama dos projeto 50 anos da Aliança

Neste ano onde a Aliança
completa 50 anos foi lançado um
desafi o para o nosso movimento
de realizar as comemorações da
forma que mais nos une: através
do trabalho.
No período de fevereiro
até o fi nal de maio foram
inscritos 59 projetos para a
renovação do nosso movimento.
Os temas mais abordados
foram evangelização do ser,
social, artes, educação, meio

ambiente, saúde, comunicação e
organização.
Estes projetos são inéditos ou
desconhecidos do movimento
e serão apresentados pelos
responsáveis em julho para a
equipe da organização.
Os projetos acolhidos serão
catalogados e divulgados para
todos que se interessarem e
queiram aplicar também em suas
casas e comunidades.
E para celebrar todas estas

atividades, estaremos nos
reunindo em 2 dezembro,
onde todos estes projetos serão
compartilhados com o nosso
movimento. Reserve esta data
na sua agenda para não perder
a confraternização dos 50 anos…
senão somente em 2073.
Muita luz, paz e que nos
mantenhamos unidos pelos laços
de amor e de ideal da evolução do
ser humano.
Equipe 50 projetos

Evangelho no lar “universalista”

Nestes tempos de transição
planetária, situação pós-pandemia,
guerras e confl itos sociais,
espalhados pelo mundo, fi cou
evidenciada a necessidade de um
Programa que levasse conforto,
esperança e consolo aos corações
e mentes das pessoas, através dos
ensinamentos sublimes de Jesus.
Com base em inspiração dos
mentores, o projeto Paulo de Tarso
Sem Fronteiras, que faz parte da
Plataforma da FDJ na esfera do
trabalho, elaborou o Programa
do Culto do Evangelho no Lar
Universalista, com a fi nalidade
de divulgar, de forma prática e
simples, os ensinamentos cristãos,
independentemente de religião.
O Programa é mais uma
ferramenta de trabalho para
os Discípulos e Servidores,
especialmente para os primeiros,
que estão saindo das Escolas
de Aprendizes do Evangelho. É
uma maneira de implantação

e multiplicação fora das casas
espíritas do benefício do Evangelho
no Lar, sem viés doutrinário ou
religioso, apenas na simplicidade
dos ensinamentos do Divino Mestre
em sua pureza e profundidade. É
uma prática leve (dura cerca de
20 minutos), que leva harmonia,
esperança e paz aos lares.
Em conformidade com a
proposta acima, a Equipe do Paulo
de Tarso Sem Fronteiras vem
aplicando, ao longo deste ano,
programas-pilotos para capacitação
dos interessados (discípulos
e servidores) na
realização da atividade.
Já estão
programados mais
dois pilotos, todas
sextas-feiras, 20h00,
durante os meses de
agosto e novembro
de 2023, sempre de
forma virtual (pelo
Google Meet).

A equipe também construiu
material de apoio, dentre os
quais o livreto “Evangelho no
Lar Universalista”, disponível em
português, inglês e espanhol. Para
a participação nos projetos-pilotos
favor entrar em contato através
do e-mail: projetopaulodetarso@
equipesalianca.org.br
Ensinar para multiplicar. Essa é
a proposta do Paulo de Tarso Sem
Fronteiras em relação ao evangelho
no lar universalista!
Equipe Paulo de Tarso Sem
Fronteiras

Os Servos de Maria precisam de ajuda

Gostaria de compartilhar uma
iniciativa do grupo Servos de Maria,
que tem voluntários de diversos
centros da Aliança:
Há três anos, sempre no último
domingo do mês, nos reunimos na
minha residência e montamos kits
de higiene, kits de limpeza e kits
com bolacha e refrigerante para
entregar a famílias em situação
de vulnerabilidade. Mensalmente,
atendemos 78 famílias, que têm
em média 100 crianças, além de

mulheres e homens. São pessoas
que moram em ocupações,
prédios abandonados e debaixo
de pontes.
Entregamos mensalmente 40
cestas básicas, o que infelizmente
tem sido insufi ciente, já que
o número de famílias e mães
que cuidam sozinhas dos fi lhos
aumentou.
Hoje esse projeto tem
participação de voluntários de
diversas casas espíritas da Aliança,

como o Centro Espírita Renovar, o
Cempe, o Discípulos de Jesus na
Bela Vista, o Cefram e o Núcleo
Fraterno Samaritanos.
Toda ajuda é bem-vinda e
necessária. Recebo doações na
minha residência ou depósito
via PIX: ptpaulodetarso@gmail.
com. Mais informações no meu
Whatsapp (11) 94628-1666.


Ulisses Nascimento – Regional
São Paulo – Centro

21 anos sem Chico

No dia 30 de junho, completouse
21 anos da morte de Chico
Xavier. Deixou para nós um legado
expressivo de obras sociais e
livros espíritas psicografados.
Recentemente, a sua vida inspirou
um novo documentário. “Chico para

Sempre” foi lançado no
ano passado nos cinemas
e disponibilizado em julho deste ano no serviço de streaming Star+. Deixamos aos leitores do Trevo essa
dica cultural!

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“Ajude conversando. Uma boa
palavra auxilia sempre”.

Muitas vezes ignoramos pedidos
de ajuda. O diálogo, a conversa e a
palavra sempre vão acalentar um
coração que está em apuros. Parece
pouco, mas palavras podem salvar
vidas.

Andreza Lobato – 3ª turma
Cefram – Centro Espírita Fraternidade
do Moinho
São Paulo/SP – Regional São Paulo
Centro

………………………………

“Cultivar o silêncio é lutar pela
paz interna, vencendo a agitação do
mundo”.

Tenho aprendido a silenciar
quando o barulho incomoda. Para
alguns, fuga ou omissão, mas para
mim é autopreservação. O barulho
interno é criado por mim quando
imagino situações negativas, então
oro pela paz interior.

Cristiane Armidoro – 61ª turma
Centro Espírita Redentor
Santo André/SP – Regional ABC

……………………………

“A sua irritação não solucionará
problema algum”.

Gostaria de ter equilíbrio
emocional para conseguir não me
irritar com frequência, pois faz mal
para mim e para as pessoas da
minha convivência, me causando
desequilíbrio e deixando o ambiente
com vibrações negativas.

Andreza Menezes – 38ª turma online
Projeto Paulo de Tarso Online
Cordeirópolis/SP

“O arrependimento é o primeiro
passo para o pagamento de nossas
dívidas”.

Hoje com o estudo e os aprendizados da EAE consigo perceber com mais clareza quando cometo erros. Muito ainda tenho de aprender, porém, consigo enxergar meus erros e buscar uma forma de corrigir.

Daniela Matavelli – 18ª turma
Centro Espírita Evangelho e Amor
São Paulo/SP – Regional São Paulo
Oeste

………………………………

“As dores sangram no corpo, mas
acendem luzes na alma”.

Quando tive depressão a dor
física e a tristeza chegava a doer no
peito, mas foi proveitoso para meu
crescimento espiritual, pois passei
a buscar mais espiritualidade em
minha vida. Assim, na escuridão
buscamos a luz.

Maria Carla Reis de Moraes – 1ª turma
Fraternidade Espírita Estrada de
Damasco
Belo Horizonte/MG – Regional Minas
Gerais

………………………………

“Aliança é um estado de espírito.
Estamos à altura dele?”

A Aliança com Deus é meu
objetivo. Estou combatendo vícios e
defeitos, buscando evoluir todos os
dias através dos ensinamentos que
adquiro na EAE. Me surpreendo como
este novo mundo e com o potencial
que possuo.

Hugo Leonardo Rishter Bassani – 51ª
turma Casa de Timóteo Evangelização e Cultura Espírita
São Bernardo do Campo/SP –
Regional ABC

“Servir com desprendimento, sem
visar retribuições do mundo, é viver
com sabedoria”.

Quando iniciei o trabalho
voluntário meu objetivo era algo que
a Doutrina Espírita orientava para
minha evolução moral e espiritual.
A cada trabalho sentia útil por
colocar novos desafi os para meu
aperfeiçoamento moral e espiritual.

Bruno Ricardo Giangiardi – EAE À
DISTÂNCIA
Ceae Londrina
Londrina/PR – Regional SP Leste

……………………………

“Não estacionar no bem nem progredir no mal”.

Com o aprendizado na EAE e
o compromisso de fazer minha
transformação moral colocando em
prática o amor e caridade seguindo
os ensinamentos de Jesus tenho
consciência não devo estacionar no
bem e não causar mal.

Ana Elizabeth – Biazon – 46ª turma
Casa Espírita Edgar Armond
Santo André/SP – Regional ABC

……………………………

“Somente após superar o
transitório poderá o aprendiz
conquistar a individualidade eterna”.

Toda transição gera medo, mas
estas mudanças acontecem sempre
em minha vida e são essenciais para
a evolução espiritual. Acredito que
superar o transitório é alcançar uma
transformação muito benéfi ca e
necessária.

Beatriz Cavalcante – 14ª turma
Casa Espírita Irmão de Assis – Itatiba
Itatiba/SP
Regional Campinas

Dirigente de EAE, envie-nos, digitado e para o e-mail [email protected], o melhor trecho de
algum tema escrito por seus alunos, informando sempre tema, nome completo do aluno, turma,
nome da casa e regional.

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