Autobiografia em cinco capítulos

Autobiografia em cinco capítulos

Em nossas vidas nem sempre percebemos que algumas situações poderiam ser diferentes se mudássemos alguns hábitos.

Hoje compartilho com vocês o poema denominado Autobiografia em cinco capítulos, O buraco.

Um texto onde cada capítulo nos leva a refletir sobre sempre estar no mesmo caminho devido à nossa maneira de agir. Pode ser trabalhado tanto com os pais e responsáveis, como ser adaptado para as crianças e jovens que frequentam a casa espírita.

Podemos apresentar o poema e dialogar sobre:

  • as percepções do público;
  • a constância com que repetimos alguns padrões, vivendo no automatismo;
  • as dificuldades em perceber que mudanças são necessárias, que aprendemos com os nossos erros (lei de causa e efeito) e que sempre temos escolhas (livre arbítrio).

Estar atentos aos caminhos que escolhemos é um processo. Somente quando nos conscientizarmos seremos capazes de nos modificarmos (reforma íntima) e fazermos diferente.

***

O buraco1

Capítulo 1.
Eu ando por uma rua
Há um buraco fundo no meio da rua
Eu caio no buraco
Não é minha culpa
Demora uma eternidade para eu conseguir sair.

Capitulo 2.
Eu ando pela mesma rua
Há um buraco fundo no meio da rua
Eu finjo não ver o buraco
Eu caio de novo
Não posso acreditar que caí no mesmo lugar, mas não é minha culpa.
Demora muito pra eu conseguir sair.

Capitulo 3.
Eu ando pela mesma rua
Há um buraco fundo no meio da rua
Eu vejo o buraco e, ainda assim, eu caio no buraco.
É um hábito.
Meus olhos estão abertos, eu sei onde estou
A culpa é minha.

Capitulo 4.
Eu ando pela mesma rua
Há um buraco fundo no meio da rua
Eu dou meia volta e não caio no buraco.

Capitulo 5.
Eu ando por outra rua.

Silvia Maria dos Santos Amâncio Ribeiro

Centro Espírita Luz do Caminho – CELUCA

Regional Vale do Paraíba

 

Referências:

1 Rinpoche, Sogyal, O Livro Tibetano do Viver e do Morrer.

2 Thoughts to “Autobiografia em cinco capítulos”

  1. Mirta Maria Gonzaga Fernandes

    A ler vejo que também caio no mesmo buraco, percebendo os mesmos hábitos e de repente me conscientizo de que posso mudar o meu destino. Esse poema me levou a isso. Muito obrigada!

  2. Helena

    Somos assim,inconsequentes,teimosos,displicentes. Até que um dia disperta em nós a vontade de ser diferente, de agir diferente , de sair do senso comum. Aceleramos o passo em busca do aprimoranento moral,individual e coletivo. Temos achance de recomeçar e concertar o que ficou mal feito ou sem fazer.

Comments are closed.