Vida afetiva
Vida afetiva
A vida afetiva é uma usina geradora de amor. Mas, o que é a vida afetiva? Sabemos que há inúmeras respostas para esta pergunta. Entretanto, todas elas se deparam com o mesmo ponto de partida que consiste na retomada do auto amor, ou seja, a conexão interior mais sutil do ser.
Vejamos, todo o ser humano deseja paz, felicidade e harmonia nos relacionamentos. Porém, como alcançar a paz se ainda não a encontramos dentro de nós mesmos? A afeição nos relacionamentos depende da sabedoria que substitui os interesses individuais, através do pensar e sentir o bem do outro, em prol dos sentimentos recíprocos. “Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua” (1).
Estamos cientes dos grandes desafios na busca da própria melhoria, processo que se inicia no planejamento reencarnatório e segue em boa parte no âmbito familiar, como podemos observar no Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 22, item 3:
Mas na união dos sexos, ao lado da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há uma outra lei divina imutável, como todas as leis de Deus, exclusivamente moral e que é a lei de amor. Deus quis que os seres estivessem unidos, não somente pelos laços da carne, mas pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se transportasse para seus filhos, e que eles fossem dois, em lugar de um, a amá-los, a cuidá-los e fazê-los progredir.
Nesse sentido o casamento é união de duas pessoas para que se forme uma família como célula primária da sociedade na qual se constrói os valores morais e espirituais, ou seja, os princípios da educação. Na frequência deste amor, educar exige esforço, é uma tarefa árdua, com certeza, ainda mais em meio aos afazeres domésticos, aos compromissos profissionais e sociais, à preocupação com o dinheiro que falta para cobrir todas as despesas e, para completar, aos interesses pessoais. Trazer para o lar o conhecimento espiritual é o maior desafio para implantar a amorosidade nos corações da humanidade. Assim, pode-se dizer que “a educação da infância é a maior obra do Espiritismo” (Leopoldo Machado).
Falando em obra do Espiritismo, um dos programas, voltado à orientação à família, é a Escola de Pais, que tem a tarefa de auxiliar a desenvolver o afeto e ir além dos movimentos sociais, uma vez que se baseia nos estudos da verdade, sendo que a sua essência é priorizar o relacionamento familiar e a fraternidade legitima entre pais e filhos.
Para que a obra de evangelizar atinja os objetivos, cabe aqui citar que os evangelizadores são servidores preparados para trabalhar conceitos universalistas, a fim de cuidar com zelo dos embates que cada indivíduo carrega em função da inflexibilidade que ainda aflora dentro dos lares das famílias.
Recordamos que ainda hoje as palavras do Cristo são repetidas em cada encontro na escola de Pais, através das mensagens contidas no Evangelho, pois “se a evangelização não atingir os lares ela estará incompleta” (2). Cabe ao evangelizador orientá-los, com base na doutrina espírita e ensinamentos do Mestre Jesus, para que alcancemos um futuro mais acolhedor e de paz.
Por isso, caros leitores, “nunca desistam de amar. O amor é a magia do Criador na qual nos movemos e vivemos. Sem ela apenas sobrevivemos” (3).
Viviane Eloy
Equipe editorial do blog para a Evangelização Infantil
Referências:
1 Romanos, 14:19
2 Curso de Preparação para evangelizador da Infância, 3ª edição –Editora Aliança.
3 Amorosidade A cura da ferida do abandono – Wanderley Oliveira pelo Espírito Ermance Dufaux. Editora Dufaux.