Avaliar-se para melhor servir

Avaliar-se para melhor servir

 

Enfim, meus companheiros de jornada, chega ao fim o primeiro semestre de 2024. Foram dias e semanas cheios de desafios e oportunidades para novas experiências e descobertas.

Nem todo centro espírita faz uma pausa no período de férias escolares, depende muito da comunidade que é atendida pela casa.

 

Aqui deixo a sugestão de três práticas que considero essenciais à tarefa evangelizadora: avaliação geral do trabalho, a autoavaliação e a confraternização da equipe.

A avaliação do período de aulas, inclusive da Escola de Pais, vai muito além do feedback no final da aula. Seja trimestral ou semestral, é importante contar com a participação de toda a equipe. Precisa estar incluída no cronograma anual, no qual possam ser feitos os apontamentos dos pontos positivos e negativos, o que a equipe decide manter, quais ações mudar ou até mesmo o que aprimorar.

A avaliação promove uma grande troca e aprendizado entre os evangelizadores, coordenadores e dirigentes, motivando a busca pela aquisição de conhecimentos, pois são nestes momentos de trocas que os voluntários também estreitam laços, compartilham dificuldades e sucessos na prática evangelizadora.

É impressionante como essa prática fortalece o trabalho coletivo, principalmente quando estamos de coração aberto, cientes da causa que abraçamos, das responsabilidades e dos compromissos assumidos com nossos irmãos e conosco mesmos.

E o melhor é que a realização da avaliação do trabalho coletivo nos conduz à autoavaliação. Por meio da busca pessoal, olhando para a própria prática, surge o compromisso consigo mesmo.

Ao analisar sua tarefa no trabalho, o evangelizador deve abster-se de cobranças, culpas ou julgamentos, estar ciente de que somos trabalhadores do Cristo, nosso modelo e guia. Somos espíritos imperfeitos e estamos aqui não somente para ensinar, como também para aprender.

Além do aprimoramento pessoal, a autoavaliação pode ser utilizada em várias áreas de nossa vida familiar, social e profissional.

E, por fim, a confraternização entre a equipe de voluntários: encontros simples, descontraídos, afetuosos, que enriquecem muito a prática voluntária. Quando se tem um ambiente acolhedor, isento de críticas ou julgamentos, o amor fraternal se fortalece.

Tive a oportunidade de participar de alguns encontros assim, em 2023, no CELUCA. Em comum acordo com toda equipe, os encontros foram adicionados ao cronograma anual. Isto permitiu nos programarmos para as datas preestabelecidas. Foram encontros memoráveis, tanto no centro espírita como fora, em seus arredores. Recomendo a todas as casas espíritas ter esse olhar para a sua equipe. Lembremos que, apesar de sua missão, Jesus sempre teve tempo para se reunir com seus apóstolos. Até nos dias de hoje se faz presente junto a nós, conforme disse:

Em qualquer lugar que eu encontre duas ou três pessoas reunidas em meu nome, eu aí me encontro no meio delas.1

(S. Mateus, 18:20)

 

Silvia Maria dos Santos Amâncio Ribeiro

Centro Espírita Luz do Caminho – CELUCA

Regional Vale do Paraíba

 

Referência:

1Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XXVIII – Coletânea de Preces – reuniões espíritas