Literatura infantil: liberdade, imaginação ou reforço de preconceitos?

Literatura infantil: liberdade, imaginação ou reforço de preconceitos?

Uma dúvida que frequentemente acompanha os evangelizadores, independente da faixa etária contemplada, é a escolha da obra literária a ser trabalhada em turma.

Várias obras da literatura infantil trazem, de forma aparentemente inocente, reprodução de valores arraigados na sociedade que destoam do objetivo maior que se deseja alcançar num ambiente de amor, respeito, acolhimento e inclusão que são a alma do nosso trabalho.

Numa análise minuciosa, desprovida da paixão e do encantamento que podemos nutrir por estes textos, cabe a nós detectar qual mensagem será assimilada pela turma.

Em breve reflexão, nos lembramos de certa música na qual o personagem principal, por ser “atrapalhado”, desajeitado, irrequieto, não foi aceito e acabou “na panela”.  Como se sentem as crianças portadoras de TDAH, ou com restrição de movimentos, ao ouvirem essa música?

É a justificativa para a exclusão daquele que não se adapta às normas comportamentais impostas, dentro de certos parâmetros do que se julga normal, correto e aceito.

E os contos? Quais comportamentos estão reforçando?

É claro que há obras com uma abordagem inclusiva, fora da literatura espírita, que enriquecerão nosso trabalho. Mas, se temos obras já escritas com essa abordagem, por que não as utilizar?

Para trabalhar a inclusão, sugiro a leitura do livro A História do Quadradinho, de Alexandra Prasinos Bernal, Editora Aliança.

Há uma extensa lista de obras coerentes com nossa proposta de evangelizar o ser. Vamos abraçar a oportunidade e repertoriar nossos pequenos com histórias que valham a pena ser ouvidas.

 

Rosana de Fátima Aparecida Torres Perez

Fraternidade Espírita Maria de Nazaré

Regional São Paulo Leste

 

E você, leitora, leitor… Que livros sugere para o trabalho com as crianças na Evangelização Infantil? Escreva nos comentários!

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