Traga um amigo – uma aula aberta ao público
Traga um amigo – uma aula aberta ao público
No último dia 25 de outubro as turmas de Pré mocidade e Mocidade realizaram uma atividade para a qual deveriam convidar um amigo a participar de uma aula no Centro. O objetivo foi possibilitar a experiência, para quem não é espírita, de ver, na prática, o que aprendemos e o que fazemos entre os jovens.
Na chegada, os jovens receberam o passe de limpeza e foram recepcionados com músicas, como fazemos de costume. Após esse momento de maior descontração, realizamos a prece de abertura. Os jovens se apresentaram e demos início à aula. O objetivo foi demonstrar como, em nosso dia a dia, erramos ao julgar situações, considerando nosso ponto de vista como certo.
Inicialmente cada participante foi convidado a identificar um defeito que reconhece em si e um que vê nos outros.
Na sequência, a turma foi dividida em grupos para ler a mesma história apresentada sob pontos de vista diferentes. Discutiram sobre quem era o culpado e por quê. Foi mostrado um envelope com o suposto veredito de um juiz.
Após as discussões, apresentaram suas conclusões e tomaram conhecimento do veredito, que na verdade, era uma folha em branco.
Houve um momento de reflexão sobre o respeito às diferenças e a autoaceitação. Em seguida a dinâmica ressaltou que nossos defeitos não nos definem e que o autoamor é essencial para lidar com falhas, sem cobrança excessiva. A próxima dinâmica trouxe a sugestão para que cada um se esforce para se tratar com a mesma compaixão que dedica aos outros.
Ao final, o convite para auto abraço e abraço em grupo. Foi realizada a prece para encerramento da aula.
O roteiro está detalhado no documento a seguir:
Traga um amigo uma aula aberta ao público roteiro detalhado
Em resumo, todos participaram bastante com colocações, argumentos e reflexões. Um aluno em especial se emocionou durante as reflexões. Houve muitas abordagens, uma delas sobre o quanto de expectativa os pais colocam sobre os filhos. No caso desse jovem, seu pai, devido às circunstâncias da vida, teve que assumir muito cedo a responsabilidade da casa. Hoje esse mesmo pai cobra do filho, de certa maneira com muita expectativa, a mesma proatividade em casa.
O jovem viu sentido em algumas reflexões, pois compreendeu que muito do que molda nossa personalidade vem do modus operandi de nossos pais. Acabamos por achar que aquele modo de ser e viver é realmente o melhor, mas aos poucos percebemos que não nos completa ou não se encaixa no nosso modo de viver. Ou não vemos sentido naquilo, pois somos espíritos diferentes, com outras particularidades, necessidades, em outro contexto e época. Acabamos por ficar frustrados ou tristes por não suprirmos esta necessidade dos pais.
Quando buscamos entender nossa personalidade, sem desrespeitar os nossos pais, estamos desenvolvendo nosso autoconhecimento e também desconstruindo uma cultura de vida que, lá na frente, poderá prejudicar nosso modo de ser e agir no mundo. Em alguns casos pode ser necessário acompanhamento psicoterapêutico para superarmos uma cultura emocional e social que vem sendo passada de geração para geração.
Quando fazemos esse exercício, não quer dizer que iremos amar menos nossos pais, mas reconhecer que hoje esse modo de viver não nos completa como seres humanos, não faz sentido para nós.
E que sentido a vida teria se tudo acabasse com a morte? Temos a oportunidade bendita da reencarnação para nos melhorarmos a cada existência, no processo de autoconhecimento, no que temos que aprimorar, na troca de experiências que temos com pessoas que passam pela nossa vida, não só os amigos, mas também nossos pais, irmãos e parentes. É nas relações que desenvolvemos competências e habilidades morais, com tudo começando dentro próprio do lar.
Douglas Cipriano
Pré mocidade
Centro Espírita Luz no Caminho – CELUCA Taubaté/SP
Regional Vale do Paraíba
Referência:
1 Biografia (Ao Vivo) último acesso em 14/11/2025




