Encenar para compreender
Encenar para compreender
Nos diversos ciclos da Evangelização Infantil, apesar dos estudos adequados dos temas apresentados, a preparação de aulas ainda é um desafio para alguns evangelizadores, principalmente por estarmos na era tecnológica, onde as informações são tão rápidas que muitas vezes a informação que circulou no alvorecer pode ser obsoleta ao anoitecer.
O desafio de preparar uma aula interativa e educativa faz com que se busque, cada vez mais, grupos de compartilhamento em aplicativo de mensagens ou a indicação de leituras e livros de atividades que venham a agregar e enriquecer os conteúdos doutrinários.
Aqui entre nós, compartilhar é um dos objetivos deste Blog, cujo tema deste ano é Senhor, o que queres que eu faça?
Você já parou para pensar que há uma ferramenta simples, que toda turma pode ter acesso e aprender de forma séria e descontraída? Estou falando da encenação.
A encenação é uma forma de aprendizagem muito rica para crianças e jovens. Além do nascimento de Jesus, podemos fazer a encenação das parábolas, o Evangelho no lar, o funcionamento da sala de passe, a fluidificação da água e até mesmo de temas doutrinários como: os tipos de mediunidade existentes, as três revelações, e outros conforme o cronograma de cada casa espírita.
Interpretar pode parecer difícil, a princípio. Olhando para a turma, a primeira percepção é a diversidade: vai perceber que um parece ser um ator nato e outros nem tanto. Por isso digo: viva a diversidade! Somos diferentes, mas unidos num mesmo ideal de amor. Neste instante, pare de ler o texto e faça uma reflexão: somos atores atuando em várias partes de nossas vidas, ocupando vários papéis diários? Ora mãe, ora pai, professor (a), cozinheiro(a), trabalhador(a), conselheiro (a), protetor (a), motorista etc. Ufa… é trabalhoso.
Ao encenar numa aula o tema mediunidade de psicografia, por exemplo, precisamos de uma mesa, uma folha em branco e um lápis.
Iniciamos com três crianças ou jovens. O primeiro será o médium escrevente, o segundo o espírito que irá conduzir a mão do médium (conforme a palavra que foi dita em seu ouvido, anteriormente) e o terceiro é o mentor do médium, que sempre está ao lado de seu protegido.
Para essa interpretação não é preciso ensaio e sim um diálogo anterior à atividade. E assim, sucessivamente, vai se introduzindo os tipos de mediunidade, sempre respeitando a individualidade dos evangelizandos.
A seguir, dois trechos da literatura espírita que contribuem para a reflexão a cerca da importância da arte:
Os Espíritos examinam os nossos trabalhos de arte e se interessam por eles?
Examinam o que pode provar a elevação dos Espíritos e seu progresso.1
A arte tem em si, um grande trabalho; despertar no Espírito a sensibilidade, desenvolver os sentimentos e aprimorar sua forma de expressá-los.2
E você, o que pensa sobre o uso da encenação nas aulas de Evangelização Infantil? Compartilhe suas experiências nos comentários.
Silvia Maria dos Santos Amâncio Ribeiro
Centro Espírita Luz do Caminho – CELUCA
Regional Vale do Paraíba
Referências:
1 Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, questão 565.
2 Alzira Bessa França Amui, O que é Evangelização de Espíritos, pág.44.
Hoy representamos la gotita de rocío y la hormiguita. Luego los niños volvieron a interpretarla. Comprendieron muy bien lo que el cuento transmite y nos divertimos mucho.