1º Arraiá da Família

1º Arraiá da Família

Tenho um depoimento interessante sobre o nosso 1º Arraiá da Família. No dia 1º de junho, naquele horário do dia em que nos damos conta do dia do mês e do dia da semana, fiquei pensando no que poderíamos fazer nesse mês junino, já que eu gosto tanto. Lembrei do sonho da festa junina no bairro, mas logo caí na realidade e pensei: “Já que não podemos fazer uma festa tão grande, o que podemos fazer na Evangelização Infantil?” Queria algo diferente da aula coletiva que fazemos sempre. As “ideias” começaram a vir de uma maneira muito fluida. Seria mais um dia de participação da família, nosso “Dia da Família Junino”, que depois acabou ficando “Arraiá da Família” (até achei que ficou melhor).

As brincadeiras poderiam ser: pescaria, argolas, boca do palhaço e correio elegante; mas como faríamos? Tinha que ter algo especial para a Evangelização Infantil. Surgiu a ideia: “Jesus, pescador de Homens” – colocaríamos os nomes dos discípulos em cada peixe. Mas depois pensei, porque não colocar figuras humanas ao invés dos peixes (homenzinhos)?

O que poderia ter de especial na brincadeira das argolas? As virtudes, representadas por figuras para que as crianças menores identificassem. E com o que elas se identificam facilmente hoje em dia? Emojis com emoções.

Como poderia ser a boca do palhaço? As ofensas, também representadas pelos emojis. Mas um palhaço recebendo as ofensas daria a impressão de que somos palhaços por aceitar as ofensas recebidas. Então, o que seria? O espantalho combina muito bem com festa junina. Daí ficou “O espantalho das ofensas”.

Mas faltava algo. Veio à minha mente: aceitamos as ofensas e perdoamos, desse modo vamos colocar a caixa do perdão. Seria uma brincadeira feita em duplas. Uma criança acerta o buraco das ofensas no espantalho e a outra recebe a bola jogada e coloca na caixa do perdão.

O correio elegante seria “Correio elegante dos elogios”. Cada criança pega os cartões já com as figuras com os elogios e as entrega a quem deseja elogiar.

Não podia faltar a quadrilha, alguém ficaria encarregado de ensaiar as falas da quadrilha e conduzir a todos.

As comidas típicas dispostas no salão, em cima das mesas, como em uma festa junina. Todos vestidos a caráter: voluntários e crianças. Para aqueles que não puderem, levaremos algo para fazer a maquiagem.

E assim, exatamente dessa maneira, as intuições foram chegando, até que num momento do final do dia, eu conversei em voz alta: “Equipe espiritual da Evangelização Infantil e mentor espiritual, eu não estou acreditando no que está acontecendo hoje, mas estou gostando. Se todos do grupo aceitarem, significa que vocês estão me usando como instrumento para que essa festa seja realizada e isso tudo não saiu só da minha cabeça” (eu estava gostando dessa situação).

Coloquei a ideia completa no grupo do whatsapp para que os voluntários já fossem pensando. No sábado, dia 03/06, conversamos e já dividimos as tarefas, pois todos aceitaram a ideia com entusiasmo. Nós nos dedicamos neste mês inteiro para preparar tudo, e foi muito gratificante. Foi nosso primeiro Arraiá, e faremos novamente nos próximos anos.

Valéria Navarro

Núcleo Assistencial Bezerra de Menezes

Regional Araraquara