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Rebeca em: Jesus é o caminho e setas salvam

Olá amiguinhos, aqui é a Beca. Vim contar uma coisa: vocês sabiam que saudade dói? Foi minha mãe Lulu quem falou. Mas não é igual injeção, não! Outro dia minha tia Nina me levou para tomar injeção, fomos no carro dela. Tia Nina disse que injeção não dói, é “igual a uma picadinha de mosquito”!

Credo, Tia! Mosquito é perigoso! Lembrei do mosquito da Dengue… Aprendi na escola, quando pica, a gente fica muito doente. Todo mundo tem que ajudar, cuidando do lixo, dos vasos, não deixando água parada. Melhor tomar injeção com picada de injeção mesmo.

Gosto da tia Nina, mas ela fica diferente quando está dirigindo, fala umas coisas que não entendo mesmo. Tem motoqueiro que corre e ela diz que está costurando! Às vezes o carro passa rápido, ela fala que o motorista tem pé de chumbo! E se alguém aperta a buzina atrás dela, ela fala: vai, vai com Deus meu filho! Cada coisa esquisita…

Quando fui tomar injeção, um carro virou a rua sem avisar. Tia Nina ficou brava e gritou: A seta, rapaz, cadê a seta?! Me assustei com o grito e falei: tia, você não pode gritar, o carro não tem seta, só luzinhas.

Tia Nina começou a rir e me mostrou no carro o que era a seta. Me explicou que, toda vez que um carro vai virar para direita ou para esquerda o motorista aperta a seta para indicar o caminho. Assim a luzinha de trás do carro acende e fica piscando… Vocês sabiam que usar a seta evita acidentes? Ajuda as pessoas a saberem a hora certa de atravessar a rua e seu uso é obrigatório.

Nossa, gente, como uma seta é importante! Lembrei de Jesus! Lá na casa em que faço evangelização, tem uma seta na parede e, quando a gente a segue, ela mostra Jesus na porta.

Jesus é o caminho e salva vidas… E a seta também! Tia Nina me ensinou como usar a seta: é só movimentar para cima ou para baixo a alavanca. É tão fácil!

Agora que aprendi, avisei tia Nina: quando alguém esquecer de dar seta, não grita não, tia. Fala que eu posso ensinar! Ela sorriu e disse que eu seria uma ótima professora, kkkk.

Mas falando em ensinar, lembram da saudade? Vou contar como descobri o que é.

Sara, minha amiga, não vai mais, mudou de escola. Cheguei em casa, fui para o quarto, queria ficar sozinha… Minha mãe apareceu na porta e me chamou:

– Beca, Beca, vem comer, menina! Beca, você não ouviu?

– Não quero, mãe, respondi.

– Beca, aconteceu alguma coisa? Beca, vem cá, filha. Ela sentou na cama e me colocou em seu colo. Sei que sou grande, mas aquele colinho estava tão bom… Contei que minha amiga Sara foi para outra escola e tinha um negócio pesado em cima do meu peito.

– Estou doente.

Filha, você não está doente! Mamãe me disse: – Só está sentindo falta de sua amiga, com saudade. Estou aqui e, quando quiser, levo você para brincar com ela.

Gente, tenho a melhor mãe do mundo! Abracei seu pescoço e fiquei aproveitando aquele colinho.

Silvia Maria dos Santos Amâncio Ribeiro

CE Luz do Caminho – CELUCA

Regional Vale do Paraíba