Hoje é só mais um dia
Hoje é só mais um dia?
Ensinar é se olhar,
sentir o que você deseja para si
e aplicar no outro com os olhos do coração.
E assim, começamos:
Hoje é sábado, são exatamente 08h30min da manhã. Iniciamos mais um dia. Que aprendizado nos espera?
Começamos nossa reunião, todas estão a postos, sejam bem-vindas…
E assim cada uma vai abrindo o sorriso. Apesar de estarmos distantes fisicamente, sentimos que nos aproximamos, diante de uma tela, onde podemos ver o rosto e utilizar a fala como comunicação.
A sala on-line está toda iluminada, não só pela luz da tela do computador, mas por uma energia que não vemos, porém sentimos a todo o instante o pulsar dos nossos corações que estão entrelaçados por sentimento de amor e acolhimento. Inicia-se mais uma reunião com o Evangelho, a prece e as vibrações, onde todos os melhores pensamentos e melhores sentimentos emergem de cada ser para cada um de nós.
Mais uma história será contada. O grupo escolheu hoje fazer diferente, contar a história com animação física. Uma árvore, feita de papelão, representa alguém que está só, em um campo verde.
Esta árvore, mesmo rodeada de tantas coisas belas, não possuía folhas e seus galhos eram secos e retorcidos.
Aos poucos o amor das crianças e sua energia modificam seu sentimento… Mesmo não conseguindo ainda modificar a aparência externa, internamente ela se torna feliz e irradia sua força a todos, que começam a ver sua utilidade além da aparência.
As crianças compreendem a história, e aos poucos se identificam com ela, transmitindo seus doces e simples pensamentos, no jogo de perguntas e respostas. E até mostram certos pensamentos mais elaborados. Uma delas diz: “Sim, quando as crianças resolveram abraçar e tornar a árvore mais bela, levando fitas coloridas, ela ficou mais feliz.”
Isso mesmo, diz uma evangelizadora: “Às vezes, quando estamos tristes, um amigo nos ajuda, seja perguntando o que precisamos, ou até mesmo perguntando se precisamos de sua ajuda. São atitudes assim que fazem com que nós nos coloquemos no lugar do outro”.
E outra evangelizadora fala, mais adiante: “Já quando estamos tristes, nós não conseguimos ver a beleza à nossa volta. Então, quando nos sentimos acolhidos por alguém, podemos ver tudo à nossa volta com os olhos do coração e tudo fica mais colorido, vocês não acham?”
Assim transcorre mais um sábado onde nós aprendemos mais do que ensinamos…
Até a próxima!
Aprendemos textualmente na Escola de Aprendizes do Evangelho que lógica de evangelizar o Ser não é só levar conhecimento didático, mas demonstração de ações. Assim a Evangelização Infantil aparece como um bálsamo a todos que com ela convivem, onde o evangelizando aprende por experiências vividas. Podemos colocar em prática uma maneira de trabalhar o conteúdo com suavidade, na visão da criança, que aprende com amor.
Neste momento, em que temos que utilizar ferramentas diferenciadas para demonstrar as nossas ações, (como histórias retiradas de sites, desenhos animados, imagens da internet, histórias montadas num editor de vídeos), com um cronograma já preestabelecido, todos nós nos desdobramos, atendendo a demanda do evangelizando de entrar em contato com seus sentimentos, para mais tarde compreender com exatidão o que ele vê como necessidade de reforma íntima e autoconhecimento.
No momento em que não se pode ultrapassar um tempo de até 3 minutos por história, temos que reforçar as atividades e reflexão sobre ela, utilizar o que é mais chamativo para as crianças. Um exemplo são os jogos lúdicos: elas leem e respondem a questões referentes ao conteúdo e ainda participam de um jogo on-line, estimulando a reflexão sobre o que aprenderam, a participação em grupo e a ajuda ao amigo que não entende. No final, todos sempre serão vencedores.
Na hora da explicação do tema, sempre devemos trazê-lo para o dia-a-dia da criança, para que ela saiba que tudo à sua volta existe para lhe trazer aprendizado. Mesmo quando a criança se acha um pouco apática, estimulamos a socialização, colocando em ênfase um ponto positivo. É importante trabalhar sempre a autoestima, enfatizando os pontos positivos.
Neide Aparecida Cola Teixeira
CEAE – Machado
Regional Ribeirão Preto
(com a colaboração de Marcelino T. Vargas)