Que língua meu filho fala?

Em 2021 a diretoria da Aliança Espírita Evangélica recebeu mensagem mediúnica destinada à Evangelização Infantil. O foco principal era a Escola de Pais, a necessidade de resgatar o seu propósito. Realizar este trabalho de modo mais aprofundado; envolver os adultos com crianças que chegam à casa espírita, convidando-os para a Escola de Pais. De lá para cá vimos nos empenhando na melhoria desta parte do trabalho. Aqui no blog, a primeira sexta-feira de cada mês tem sido dedicada à divulgação de reflexões, propostas de aula e outros eventos voltados para a Escola de Pais.
Hoje publicamos um relato sobre a experiência da regional Araraquara, que esperamos possa inspirar a todos neste começo de ano.

Que língua meu filho fala?

A manhã estava toda preparada para o acontecimento. A natureza completava o cenário com céu azul, manhã quente e os pássaros competindo em suas melodias.
Parecia que o tempo nos pregava uma peça, já não nos lembrávamos de encontros como este. Embora o tema tenha sido diferente, já havíamos presenciado cenas parecidas antes. Ainda o efeito de antes e pós-pandemia.
Reuniões, planejamentos, arregimentação de voluntários, divisão de tarefas e por último, depois de revisadas todas as etapas, veio a expectativa.

Primeiro Encontro de Pais, na nossa regional Araraquara.
Um grupo preparava com todo carinho o café da manhã, outros grupos no passe inicial, na recepção, com as crianças e pré-adolescentes, na câmara de sustentação. Finalmente, a família se dirigiu para o momento de ouvir a excelente explanação da psicóloga Karin Elizabeth Krüger, que discorreu sobre o tema De 0 aos 18, que língua meu filho fala?

Para chamar a atenção, logo no início de sua apresentação, ela começou um diálogo em alemão com outro voluntário. A partir daí o assunto central foi estabelecido.
As situações foram bem colocadas e exemplificadas com o que acontece no nosso cotidiano, principalmente no sentido de a tecnologia estar substituindo o diálogo na família. E, o que é mais preocupante, o posicionamento no papel de pais e filhos para que não haja uma inversão, ou seja, os filhos estabelecerem regras e prevalecerem as suas vontades, principalmente no uso da internet. O tempo dos pais com os filhos também foi abordado e ressaltado com exemplos de atividades para serem feitas juntos, dentro ou fora do lar.

Foi percebida, pelo grupo mediúnico, chuva de energias amorosas que banhava os encarnados e desencarnados, sendo que estes últimos receberam limpeza fluídica, acolhimento e orientações. Um grupo de desencarnados que assumiu o compromisso com a paternidade, assistiu à palestra. Ansiosos, receberam energias de acalanto espiritual, asserenando seus corações.
Vemos, assim, que o encontro vai muito além do que nossos sentidos podem perceber.

Paralelamente a Espiritualidade também enviou a sua orientação, que vale a pena colocar neste espaço para refletirmos:
Os pais são os instrumentos de Jesus na formação moral de seus filhos, através da família. Os trabalhadores da fraternidade de Maria estão presentes e felizes com a presença de pais encarnados e desencarnados e orientam: Que o amor se fortaleça em todos os corações aqui presentes, através do evangelho de amor de Jesus. Amor e disciplina! Sabe-se das dificuldades, mas é necessário o sacrifício para conduzir os espíritos de nossos filhos! Existe uma urgência em enxergar cada um de nossos filhos como um universo único. É preciso olhar para o espiritual! É preciso buscar os códigos de amor do evangelho e colocar estes códigos em prática pelo exemplo, dentro de nossas famílias, muitas vezes pelo sacrifício. Abrir mão de vantagens materiais para aplicar o ensinamento moral. Esforço e compaixão com o próximo. Auxiliar o próximo não deve ser considerado um peso. Realizar a fraternidade é antes um alívio e uma libertação pessoal. Ser a mão que ajuda o próximo é ser a mão do próprio Cristo. Agindo desta forma, lembremos-nos de agradecer também as inúmeras vezes em que Deus já nos estendeu a mão. Tudo que fazemos no bem hoje, devemos entender como oportunidade de retribuição pelas inúmeras vezes que recebemos auxílio e não percebemos ou não valorizamos. Saibamos, portanto, valorizar o auxílio que já recebemos de Deus, ajudando por nossa vez o próximo e plantando este exemplo de fraternidade.
Ao final, as crianças e os pré-adolescentes fizeram um lindo encerramento cantando a música Fico assim sem você, de Cacá Moraes e Abdhullah.
Com simplicidade, boa vontade e comprometimento de toda a equipe, este encontro fará parte do calendário da regional em 2024, dada a importância que representou nos dois planos.
Sonia Bossolani
Regional Araraquara