Fantasia
Em nosso Momento Literário, um pequeno conto que pode ser utilizado com as crianças e também com os pais.
Fantasia
Faltavam alguns dias para o Carnaval. A escola estava organizando uma festa à fantasia. Mas não era só festa, não. Era também um concurso de fantasias caseiras! Não valiam fantasias compradas prontas. E ia ter prêmio para várias categorias: a mais bonita, a mais engraçada, a mais diferente…
As crianças estavam muito entusiasmadas. Eliana queria muito ganhar um prêmio. Tinha várias ideias de como fazer sua fantasia.
– Tenho certeza de que vou ganhar! – dizia ela aos seus colegas.
Em casa conversou com sua bisa, que costurava, e com retalhos fez uma saia com formato de cartola para a bisnetinha. Eliana enfeitou uma tiara, colocando orelhas de coelho nela. Vestiu uma camiseta branca e… Parecia um coelho na cartola!
No dia da festa, Eliana estava radiante. Não via a hora de desfilar. E já ouvia seu nome anunciado como uma das ganhadoras.
Porém, ela não era a única aluna que havia se esforçado na construção da fantasia. Outros alunos também capricharam. Eram muitas fantasias incríveis!
O desfile começou. Crianças fantasiadas de polvo, de vaso de flores… E também as tradicionais bailarinas, palhaço, pirata…
O júri era composto por pessoas de toda a escola: direção, professores, funcionários da limpeza e também alunos. Terminado o desfile, contaram-se os pontos. Eliana ficou ansiosa, mas… sua fantasia ganhou nenhum prêmio…
A menina ficou muito frustrada. Queria ir embora. Nada mais a atraía. A professora chamou para o baile, Eliana fugiu para o banheiro. Algumas meninas disseram a ela:
– Você vai perder o baile!
Ao que ela respondeu, irritada:
– Grande coisa!
Quando se viu sozinha, começou a chorar.
Shirley, que era muito amiga, estava procurando Eliana. Quando a encontrou, chorosa, olhou calmamente e disse:
– Sinto muito que a sua fantasia não ganhou. Por isso você está aborrecida, né? – E abraçou a amiga.
Eliana foi se acalmando. Estava, sim, aborrecida. Queria tanto ter ganhado! Mas não estava sozinha. Tinha uma amiga que a compreendia. E, quando Shirley a convidou para o baile, Eliana sorriu:
– Sim!
No outro dia, a menina pensou: um concurso de fantasias e um baile são muito bons. Mas ter uma amiga é muito mais!
Maria Filomena Cordeiro Lopes
Equipe Editorial do blog para a Evangelização Infantil